O titular da 1º Vara Criminal de Pelotas, Paulo Ivan Medeiros, vai publicar às 17h desta terça-feira (15) se aceita ou não a denúncia do Ministério Público (MP) que acusa de homicídio o ex-marido e o filho de Cláudia Hartleben, a professora de Biotecnologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) desaparecida desde 9 de abril. Após pedido de acesso da Gaúcha ao documento de onze páginas, o sigilo do inquérito foi quebrado.
Apesar de não haver corpo ou provas materiais, o promotor José Olavo Passos acredita ter indícios suficientes, entre depoimentos e contradições, para apontar João Morato Fernandes e João Félix Hartleben Fernandes como autores de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe que dificultou a defesa da vitima e ocultação de cadáver.
Segundo o promotor, se o juiz aceitar, a defesa deve entrar com habeas corpus para tentar trancar a ação penal. Se ele recusar, o MP ingressa ainda nesta terça-feira com recurso em sentido estrito no Tribunal de Justiça.
Na denúncia, a perícia confirma, dentre outros pontos, que o filho de Cláudia ligou o computador do seu quarto às 22h40 na noite em que ela chegou em casa. À polícia, ele disse que estava dormindo quando a mãe chegou.