A União Europeia (UE) expressou nesta terça-feira um apoio "unânime" ao pedido de ajuda militar da França, indicou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, durante uma coletiva de imprensa.
Encontrado em Paris carro que pode ter sido usado no planejamento dos atentados
- A França pediu ajuda e assistência (...) hoje, a UE, pela voz de todos os Estados membros, expressou de forma unânime seu total apoio a esse pedido -, garantiu.
Quem são os autores dos atentados de Paris
Mais de 160 operações e 23 detidos na França após atentados
Os ministros da Defesa da UE estão reunidos em Bruxelas e discutem a situação do terrorismo após os atentados de sexta-feira à noite em Paris, que deixaram ao menos 129 mortos e mais de 350 feridos.
Este apoio "é um ato político de grande importância", declarou o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian. Ele indicou que nas próximas horas vão acontecer reuniões bilaterais entre os ministros.
A França solicitou nesta terça-feira um apoio dos demais países da União Europeia na luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que reivindicou os ataques de sexta-feira.
Paris espera receber ajuda nas operações militares já em curso no Iraque e na Síria, mas também na África. O presidente francês François Hollande já havia indicado, em um discurso na segunda-feira ante o Parlamento, que pediria apoio a seus parceiros na UE, evocando o artigo 42-7 da União Europeia.
Esta é a primeira vez que um país invoca o artigo, similar ao artigo 5 da Otan, no qual se baseou os Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro de 2011 para que a Aliança Atlântica participasse na intervenção militar no Afeganistão.
As tropas francesas participam na luta contra grupos jihadistas no Sahel africano e bombardeia posições do EI no Iraque e na Síria.
Atentados em Paris
Mais de cem pessoas morreram na noite de sexta-feira, em Paris, na França, após uma série de ataques terroristas em diversos locais da capital francesa. Tiroteios e explosões ocorreram de maneira coordenada em seis lugares: no Boulevard Voltaire, em frente ao bar La Belle, Bataclan, na Rua de la Fontaine, no bar Carillon e no Stade de France. Logo após os ataques, o presidente francês, François Hollande, decretou estado de emergência e fechou as fronteiras do país.
Em vídeo, veja como foi a sequência dos ataques em Paris:
Poucas horas depois das mortes, o Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados. A polícia fez prisões, na Bélgica, de suspeitos de envolvimento com os ataques em Paris, mas ainda trabalha para identificar os nomes de todos os possíveis envolvidos na ação. Oito terroristas morreram durante as ações, mas acredita-se que outros organizadores dos atentados estejam à solta.
O Itamaraty confirmou dois brasileiros entre os feridos nos atentados, que já estão fora de perigo.
Confira o mapa dos ataques: