O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu nesta quinta-feira às articulações do líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), para ocupar seu lugar no comando da Casa. Cunha afirmou que o correligionário terá que esperar até 2017, quando termina seu prazo de dois anos na Presidência da Casa.
Reportagem do jornal O Globo na edição desta quinta informa que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, pai de Leonardo, ampliou o debate sobre a sucessão à presidência da Câmara em encontro com a presidente Dilma Rousseff, o ministro Ricardo Berzoini e o assessor especial Giles Azevedo. Como o jornal O Estado de S. Paulo havia mostrado no início de outubro, Leonardo Picciani é o preferido pelo governo para ocupar a presidência da Câmara em uma dobradinha com o PT.
Fausto Pinato será relator de processo contra Cunha no Conselho de Ética
A colegas, Cunha reconhece que controla contas na Suíça, diz jornal
- Em 2017 que se candidate - respondeu Cunha às tratativas de seu correligionário.
Cunha e Picciani eram aliados próximos, mas a relação entre os dois azedou depois que o líder da bancada do PMDB na Câmara começou a se aproximar do governo. Picciani foi contemplado na reforma ministerial do mês passado com duas pastas para a bancada que comanda.
Manifestante joga balde de notas falsas de dólar na cabeça de Cunha
Cunha reúne advogados para definir sua defesa no Conselho de Ética
Cunha disse manter uma "relação normal" com Picciani e procurou minimizar a movimentação do peemedebista.
- Sou presidente da Câmara, não sou líder do PMDB. Quem está cuidando da liderança do PMDB é o deputado Leonardo Picciani. Se ele, junto com o pai dele, está indo à presidente para tratar de assuntos do Rio ou do PMDB, tem que perguntar a eles e não a mim - afirmou Cunha.
*Estadão Conteúdo