Neste domingo (25), três países da América Latina votam para presidente. Na Argentina e na Guatemala, não há dúvidas sobre quem são os favoritos, mas no Haiti, sobram problemas - e presidenciáveis. Cinquenta e quatro candidatos disputam a presidência do país mais pobre do hemisfério, onde metade da população, de 10,3 milhões de pessoas, vive com menos de US$ 1 por dia.
O vencedor terá de resolver problemas básicos, como falta de água potável, eletricidade, saúde e educação. O país ainda não se recuperou do terremoto de 2010 e, segundo as Nações Unidas, 600 mil pessoas dependem de ajuda internacional para sobreviver.
As autoridades haitianas armaram um forte esquema de segurança para evitar a violência e as acusações de fraude, que levaram ao cancelamento de eleições legislativas em 2011 e 2014.
Na Guatemala, o resultado do segundo turno das eleições presidenciais é quase certo. O favorito é o comediante Jimmy Morales, que foi o mais votado no primeiro turno, realizado pouco depois da renúncia do presidente Otto Perez Molina, que está detido.
Já na Argentina, pesquisas indicam que os 32 milhões de eleitores irão votar preferencialmente no governista Daniel Scioli, do Partido Justicialista (Peronista). Para assegurar a vitória no primeiro turno, o candidato precisa de 45% dos votos ou, no mínimo, 40% dos votos com uma diferença de dez pontos percentuais em relação ao segundo colocado.
O favorito da oposição é Mauricio Macri, do partido conservador PRO, que somou 24,8% das intenções voto nas prévias. Muitos dos votos do centro, no entanto, estão com o terceiro colocado, Sergio Massa, que era peronista e aliado dos Kirchner, antes de passar para a oposição.
Segundo o analista político Rosendo Fraga, as chances de Scioli ganhar no primeiro ou num eventual segundo turno são grandes porque essa foi a tendência em toda a América do Sul.
- Nas eleições presidenciais do Brasil, da Bolívia, do Equador e do Uruguai, realizadas após uma década de conjuntura econômica favorável, os candidatos governistas ganharam - disse, em entrevista à Agencia Brasil. - Na Argentina deve acontecer o mesmo. O desafio do próximo governo vai ser administrar a economia, num momento de menor crescimento econômico e queda de preços das commodities.
Além de presidente e vice, os argentinos vão escolher 130 deputados federais, 24 senadores, representantes do Parlamento do Mercosul e 11 governadores.
*Agência Brasil