Mais uma vez, o preço da gasolina sobe e assusta os consumidores. Na tarde de sexta-feira, o Diário percorreu 25 postos da cidade: em quatro, o combustível já havia subido nas bombas, e outros sete receberam a gasolina mais cara da distribuidora, mas resolveram não repassar o reajuste ao consumidor. Durante o fim de semana, o preço deve ficar maior em outros estabelecimentos. A variação entre os valores mais caro e mais barato da gasolina era de R$ 0,30.
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Dos postos consultados, em quatro o valor já está diferente. No Posto Ferrari, da Euclides da Cunha, o aumento foi de R$0,01. Já no Auto-Posto Central e Posto Central II, o aumento na bomba foi de R$ 0,13 e passou de R$ 3,599 para R$3,729, sendo o valor mais caro encontrado na cidade.
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No entanto, o aumento mais siginificativo foi de R$0,14 no Posto Hübner-Brondani. A gasolina comum passou de R$3,55 para R$3,69.
- Não temos como não repassar o valor para a bomba, porque já está abaixo da margem. Não estávamos esperando, se não conferíssemos a nota, nem saberíamos - afirma o proprietário do posto, Milton Brondani.
No Posto São Francisco, na Avenida Ângelo Bolson, a gasolina chegou R$0,04 mais cara, e o aumento será inevitável.
- Ainda não repassamos o valor para o consumidor, mas não temos como não fazer isso, pois já estão prevendo um novo aumento. Por isso, durante o feriado, devemos subir - afirma o proprietário do estabelecimento Moacir Siqueira.
Álcool anidro é o culpado
O aumento se deve ao preço do etanol anidro, que representa 27,5% da composição da gasolina. Sempre que o combustível derivado da cana aumenta, o derivado do petróleo é impactado.
- O etanol anidro está aumentando de preços toda semana, e isso eleva o custo da gasolina. É culpa da entressafra da cana, mas também do dólar, que incentiva a exportação de açúcar e não a produção do etanol - explica o diretor comercial do Grupo Santa Lúcia, Cláudio Tavares.