O edital de concessão do zoológico de Sapucaia do Sul à iniciativa privada deverá ser lançado entre o final de agosto e o início de setembro, garante a secretária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini. Em meio à crise, o Palácio Piratini argumenta que pretende enxugar a máquina para reduzir custos e focar esforços nos "serviços essenciais".
A informação surge um dia após o governo José Ivo Sartori ter anunciado, nesta quinta-feira, o envio da terceira fase do ajuste fiscal à Assembleia, com dez projetos de lei. Entre eles, está a extinção da Fundação Zoobotânica, controladora do zoológico, do Jardim Botânico e do Museu de Ciência Natural.
Com a extinção da fundação, as atividades serão absorvidas pela pasta do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A decisão de conceder - e não alienar - o zoológico já está em caráter avançado.
- No máximo em um ano, sendo pessimista, queremos fechar o contrato - diz Pellini.
A secretaria, informa, será responsável por firmar o cumprimento do acordo de concessão.
Projetos contra a crise serão enviados na sexta-feira à Assembleia
Os detalhes do edital estão sendo ultimados pela Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento Regional. Pellini acredita que o tempo de concessão do zoológico à iniciativa privada deverá ser estebelecido em 25 anos.
A intenção é manter o jardim Botânico sob comando direto da secretaria.
- Não se fala em conceder este espaço no momento - explicou a secretária.
No caso do Museu de Ciência Natural, localizado no interior do Jardim Botânico, o governo buscará firmar parceria com uma universidade para administrar o local e dar prosseguimento às pesquisas.
No total, a Fundação Zoobotânica conta com 200 funcionários celetistas, mas com estabilidade. Ao final do processo de extinção da estrutura, eles serão desligados mediante pagamento das verbas rescisórias. Somando a folha e o custeio, a Fundação Zoobotânica prevê gastos de R$ 26 milhões em 2015.