"O nosso Trump ainda está por surgir", escreveu Moisés Mendes no domingo em Zero Hora. Há cinco anos, a ideia de que o eleitorado brasileiro pudesse voltar a cair de amores por um candidato excêntrico provocaria calafrios. Afinal, já tivemos nossa cota de Jânio Quadros e Fernando Collor.
Mas é justamente essa a hipótese formulada pelo cientista político Fernando Limongi, da Universidade de São Paulo (USP), ontem, ao jornal Valor Econômico. A atual crise política aponta para o fim de uma polarização partidária de mais de 20 anos entre PT e PSDB, que poderia levar a uma eleição "mais aberta" em 2018, com chance de "surgimento de uma novidade política, como foi Collor".
Moisés Mendes: o nosso Donald Trump pode estar na passeata
Esse não é um fenômeno americano ou brasileiro. A Grande Recessão (sim, esta sobre a qual você e eu contaremos a nossos netos) abalou alianças, partidos e formas tradicionais de fazer política. Na Grã-Bretanha, Tony Blair e Gordon Brown estão aparvalhados com as chances de Jeremy Corbyn, candidato mais à esquerda, comandar o Partido Trabalhista.
Trump lidera pesquisa de intenção de votos entre republicanos nos EUA
Na Espanha, a popularidade do partido antissistema Podemos não foi abalada nem mesmo pelo fiasco de Syriza na Grécia. Ainda não há um Trump brasileiro. E nem falemos de um Trump chinês ou indiano.
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