Se Porto Rico fosse um país, estaria em moratória. No sábado, o território americano deixou de pagar US$ 58 milhões devidos à Public Finance Corporation, subsidiária do banco de desenvolvimento local que administra os títulos da dívida pública. Cometeu, assim, aquele que é considerado o primeiro calote de sua história. O relativamente baixo valor da parcela (a dívida total portorriquenha é de US$ 72 bilhões) mostra até que ponto as finanças locais estão em desalinho.
O governador Alejandro García Padilla, que já havia qualificado as obrigações de "impagáveis", não tem um plano para enfrentar a situação. Em março, quando o desfecho da crise começou a se desenhar, Padilla e seu secretário do Tesouro tiraram férias. Sua popularidade despencou.
Luiz Antônio Araujo: é Porto Rico, estúpido
Há dois anos, a revista britânica The Economist perguntou a respeito do território: "É a nova Grécia?". Era. A bola agora está com o Congresso americano, onde um projeto de lei para permitir que a ilha declare falência enfrenta resistência do lobby dos fundos de hedge.
Olhar Global
Luiz Antônio Araujo: a ilha do dia anterior
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Luiz Antônio Araujo
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