Em protesto contra o parcelamento dos salários dos servidores públicos estaduais, policiais civis e militares se uniram para boicotar as operações de segurança que são realizadas durante o verão no litoral do Rio Grande do Sul. A orientação é para que os servidores não se inscrevam na Operação Golfinho, que envolve policiais militares e bombeiros, nem na Operação Verão, destinada a policiais civis, agentes penitenciários e peritos.
O principal argumento das entidades que representam as categorias é que as diárias serão atrasadas ou nem serão pagas, como vem acontecendo com os salários do funcionalismo. O valor fica em torno de R$ 120 por dia para hospedagem e alimentação.
- Não vai ter dinheiro para pagar. De que adianta os policiais se inscreverem? Então vamos orientar a todos que não se inscrevem, pois a tendência é não receber pelo serviço - diz o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz.
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O anúncio foi feito nesta sexta-feira em coletiva no Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm), em Porto Alegre. A coletiva também contou com a presença de representantes da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar (Abamf), Associação dos Bombeiros (Abergs) e do Sindicato dos Servidores Penitenciários (Amapergs).
Diante desse cenário, o secretário estadual de Segurança Pública, Wantuir Jacini, afirmou nesta sexta-feira que confia na "responsabilidade" dos policiais com a sociedade e minimizou a possibilidade de boicote.
- Confio, principalmente, na responsabilidade dos policiais para com a sociedade. E, além do que, a Operação Golfinho não vai acontecer agora. Ela vai acontecer em dezembro, janeiro, fevereiro. Portanto, estamos muito longe da execução dessa operação.
*Zero Hora