Com apenas 1,1% do território brasileiro, Santa Catarina se distingue na paisagem da crise com números que destoam do resto do país. A taxa de desemprego (3%) está entre as mais baixas do mundo, vai investir R$ 3 bilhões em infraestrutura e atraiu empresas como a BMW.
No comando desse Estado com forte sotaque alemão está, desde 2011, um descendente de italianos nascido em Lages. Três vezes prefeito, Raimundo Colombo tem uma fazenda em Coxilha Bonita, onde relaxa das tensões da política pescando e cuidando do gado.
O jovem que queria ser padre acabou entrando na política pelas mãos de Jorge Bornhausen (DEM) e se elegeu governador apoiado pelo principal líder do PMDB, Luiz Henrique da Silveira, falecido em 10 de maio. Do DEM, migrou para o PSD, tornou-se um dos principais aliados do Planalto e se reelegeu no primeiro turno em 2014.
Na terça-feira, um dia depois de anunciar que pagará a primeira parcela do 13º salário no próximo dia 17, Colombo recebeu ZH, em Florianópolis. Da entrevista participou também o jornalista Upiara Boschi, do Diário Catarinense.
Qual é o segredo do sucesso de Santa Catarina na atração de investimentos?
As características do nosso Estado são favoráveis ao empreendedorismo. Nosso povo é muito vocacionado, a nossa história é muito bonita. Nossas principais empresas nasceram de fundo de quintal, de empresas familiares, e isso cria um ambiente de negócios muito favorável. Por outro lado, o governo do Estado estimula, incentiva, cria mecanismos de incentivo fiscal, de todas as formas de atração. E somos muito arrojados na busca do relacionamento.
O senhor não fica sentado esperando que um investidor venha a Santa Catarina?
Não, tendo qualquer informação vamos atrás. A gente abre todas as portas, vai ao encontro deles em qualquer lugar do mundo. Já fiz muitas viagens: Japão, China, Coreia do Sul, a Europa toda e mesmo na América do Sul. Em muitos lugares, conseguimos abrir mercados, como o exemplo da carne suína no Japão, e agora temos uma expectativa muito grande de abrir, em breve, na Coreia. Somos um Estado livre de febre aftosa sem vacinação, e isso é um diferencial importante.
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A população compreende a importância das viagens ou o senhor recebe críticas?
Tenho o cuidado de levar só quem é necessário mesmo, ir em pequenas comitivas, não fazer nada em excesso e executar realmente uma visita de trabalho. Nunca recebi uma crítica por fazer essas viagens, pelo contrário, só recebi estímulos.
Vocês estão sendo obrigados a importar mão de obra?
Sim, temos hoje uma imigração muito grande de diversos Estados, inclusive de haitianos. Toda semana chega um número muito grande, e eles estão se integrando bastante nessas unidades de produção. Temos 3 mil haitianos trabalhando aqui, principalmente nos frigoríficos.
No Oeste, há mais vagas do que pessoas para ocupar esses postos de trabalho?
Sim, inclusive, vem muita gente do Rio Grande do Sul trabalhar nas nossas unidades. Diariamente, são dezenas de ônibus que vão e voltam levando trabalhadores (a assessoria do governo informa que são 600 ônibus diários).
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Há estímulos diferenciados para quem quiser se instalar nas regiões mais deprimidas?
Sim, aumentamos bastante os incentivos fiscais de forma bem expressiva para poder atrair e equilibrar. O nosso modelo de pequenas cidades, como é o modelo do sul do Brasil, é importante. Essa distribuição demográfica traz de forma direta a qualidade de vida, o dinamismo. Temos hoje todos os 295 municípios de Santa Catarina com pelo menos um acesso asfaltado.
Nenhum município sem aslfato?
Nenhum. É muito difícil você se desenvolver sem energia, sem asfalto. Nosso sistema universitário é muito bem distribuído, e esse é outro vetor. A gente oferece incentivo para que a pessoa fique morando no seu município. Outro programa que fizemos para manter a atividade no lugar é o programa juro zero para a pequena empresa. O governo paga o juro para que ela se desenvolva. Você faz uma operação de crédito e as duas últimas prestações, que correspondem ao juro, o governo paga se você estiver adimplente e cumprindo o contrato. A inadimplência é praticamente zero.
O senhor conseguiu combinar esse estímulo às pequenas e médias empresas à atração de investimentos que são a joia da coroa. O que foi definitivo para conquistar a BMW?
Olha, fomos arrojados. A nossa equipe foi várias vezes à Alemanha, eles vieram aqui. Foi um período demorado de negociação, mas fomos convencendo, mostrando todo o potencial. Temos o segundo maior centro de ferramentaria do Brasil. Todas as características e exigências puderam ser atendidas. A BMW funcionava como um símbolo para a gente entrar no setor automotivo. Já tínhamos a fábrica de motores da GM, inaugurada em 2012, temos a Tupy, que é uma grande produtora de autopeças. O fato de ter uma origem alemã muito forte na região também pesou. Fizemos tudo que eles pediram, incluindo o acesso ao governo federal.
O senhor era um político de oposição ao Planalto e se aproximou do governo.
Foi uma coisa que aconteceu por acaso. A BMW pediu uma audiência com a presidente e a gente conseguiu essa audiência, facilitou o trabalho. Tivemos várias enchentes, e o governo se colocou à disposição para ajudar a resolver esse problema, que era histórico. Hoje, estamos investindo R$ 1 bilhão no sistema de prevenção e contenção de cheias. Conseguimos construir uma parceria importante. A presidente nos tratou de forma republicana, e entendi que deveria contribuir na mesma intensidade e com os mesmos princípios.
Reza a lenda que nenhum governador tem um canal tão azeitado com o Planalto como o senhor tem. É verdade?
De fato, temos uma relação boa. Houve um momento crítico, com aquela resolução 13 do Senado, que mudou o critério do ICMS de importação. Ela penalizou muito os Estados em favor de São Paulo.
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Ali, Santa Catarina ia perder R$ 1 bilhão.
Eram R$ 100 milhões por mês. Perdemos. Então, a gente fez uma política de compensação, e o governo federal nos ajudou. Isso nos permitiu fazer um programa de investimentos, o Pacto por Santa Catarina, para investirmos R$ 10,5 bilhões.
Quanto já foi investido?
Já aplicamos R$ 3 bilhões. Neste ano, devemos investir mais R$ 3 bilhões. O Estado está desenvolvendo muitas ações para minimizar os efeitos da crise. Nosso desafio é que nenhum catarinense perca o emprego. Se perder, que encontre em outro setor mais dinâmico imediatamente.
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O senhor sempre foi um crítico da burocracia que trava o desenvolvimento. Conseguiu mudar isso no Estado?
A crise que o Brasil vive, essa questão do ajuste fiscal, são coisas que a gente vai corrigir rapidamente. Não tenho dúvida de que sairemos dessa. A outra crise que o Brasil vive é muito mais profunda e mais dura de vencer, que é exatamente o tamanho do Estado brasileiro, a sua ineficiência, o seu alto custo. Criamos tantos órgãos de controle e de fiscalização que um se choca no outro, e raramente o princípio é de ajudar, mas sim de atrapalhar. É impressionante como tem órgãos de controle e fiscalização fazendo trabalho paralelo.
E não conseguem evitar casos como os descobertos na Operação Lava-Jato.
Não conseguem. Cada vez você faz mais órgãos e o processo anda pior. O custo desses órgãos é absurdamente elevado. O Tribunal de Contas, os órgãos de controle, como o Ministério Público, o Tribunal de Justiça, que são fundamentais para o funcionamento da democracia, tomaram um tamanho desproporcional. Isso vai gerar uma inviabilidade para o Estado. Hoje, o maior problema é o custo da previdência. A Grécia quebrou com déficit de previdência de 13% do PIB. O Brasil já passa de 10%. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul é bem pior. Em 2014, com 56 mil pensionistas e inativos, o déficit da previdência (em SC) foi de R$ 3 bilhões. Isso não é justo com os outros 6,5 milhões de habitantes. Claro, essas pessoas se aposentaram na lei, com as regras estabelecidas.
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Mas todas contribuíram?
Não contribuíram. É impossível manter. Esse Estado que está aí apodreceu, é inviável. A forma de mudar, e quando, é o que temos de discutir. Se não resolvermos isso, você pode trocar o João pela Maria, o homem da direita pelo da esquerda, o partido A pelo B e não vai melhorar, vai continuar piorando. Ou a gente trata desse tumor ou o serviço público se inviabiliza cada vez mais. O que o Congresso está fazendo é ir na contramão. O modelo político brasileiro está podre e o resultado é péssimo para os políticos, para a sociedade. A reforma política foi violentada na Câmara, e andamos para trás. O déficit da previdência é um absurdo. O que o Congresso fez foi derrubar o fator previdenciário e fazer um reajuste baseado no índice do salário mínimo, que é muito maior do que a inflação. Isso torna tudo muito mais grave.
O grande déficit da previdência não é o do INSS, mas do setor público. Como se resolve esse problema para o futuro?
Tem de fazer dois movimentos. Aqui em Santa Catarina, foi criado um fundo diferenciado em 2008, na gestão do Luiz Henrique, para aqueles que entraram a partir dali. Hoje, já temos uma boa reserva no fundo. O problema é chegar até lá. A gente vai ter de discutir com os funcionários, conscientizá-los de que, se não houver uma colaboração e um controle sobre isso, vai ficar inviável. A sociedade não vai ter condições de continuar pagando. Tem de aumentar a contribuição, a permanência, a idade mínima. Hoje, você aposenta um oficial da Polícia Militar com 47 anos. E ele vai viver até 90. Nossa expectativa de vida é a mais alta do Brasil, 78 anos e dois meses.
O senhor identifica na crise uma janela de oportunidade para o Brasil fazer as correções necessárias?
Não tenho dúvida de que é chance que o Brasil tem. Com o crescimento que houve, muito relacionado com o que estava ocorrendo lá fora, essas coisas foram anestesiadas e todo mundo achou que dava para viver daquele jeito. Hoje, você está vendo a crise na Grécia e foi basicamente isso que aconteceu. O embaixador da Irlanda estava me falando que, no auge da crise, em 2008, eles cortaram 20% do salário de todos os servidores públicos. A Irlanda explodiu e hoje é uma referência extraordinária de sucesso. A Grécia afundou, não quis fazer nada. O problema do Brasil é semelhante, podemos fazer como a Grécia ou como a Irlanda. É uma questão de escolha.
A continuidade das políticas e o fato de não haver uma oposição radical podem ser a explicação para os bons resultados em SC?
Com certeza. Eu digo sempre: briga política não constrói ponte, hospital, creche, e não dá estabilidade na vida das pessoas. Até pode ser interessante para quem participa da briga, mas o resultado é sempre catastrófico. Isso não significa que não deva haver o debate das ideias, o contraponto das lideranças políticas. Mas o objetivo tem de ser somar, trazer qualidade. Tivemos a sorte de ter tido bons gestores ao longo dos anos. Isso ajudou a construir um Estado estável e bem desenvolvido, equilibrado. Esses ciclos em que se interrompem os programas para ficar acusando o governo anterior são catastróficos para a sociedade. Não tem como ter um bom resultado se a cada quatro anos você paralisa tudo para questionar. Há também a responsabilidade ao tratar a coisa pública. Você dá aumento, aumenta despesa, depois não tem mais como tirar e isso inviabiliza o Estado.
Como o senhor lida com as pressões dos sindicatos de servidores públicos?
Essa é uma das coisas mais desagradáveis desses quatro anos e meio em que estou aqui. Foram muitas greves, muitos confrontos, muito desgaste, nossa relação é complicada. Mas não tem jeito, tem de estabelecer um limite do que é possível, fazer com transparência. A gente faz o que é justo e possível.
O senhor pretendia adotar algumas medidas impopulares, como corte da licença-prêmio e da incorporação de gratificações. Por que recuou?
Este primeiro semestre foi muito complicado no processo administrativo no país. Essa crise contaminou. Um processo como esse só tem chance de ser aprovado se você acertar na fórmula e no momento. Entendi que este não era o momento adequado. Tudo que pude fazer por ação interna ou decreto eu fiz. Não preenchi cargos, agora estou começando a fazer fusão de agências e eliminando cargos comissionados. Esta semana estou mandando para a Assembleia a retirada de mais 300 cargos em comissão, o que dá quase 20% do que temos.
Por que a proposta de alteração do plano de carreira dos professores não foi adiante?
Houve uma divisão muito grande no magistério, uma greve muito demorada que agora está suspensa. Estamos renegociando e tentando construir um consenso. Acabou não dando aumento nenhum, porque continuamos discutindo. Já tive, em cinco anos, quatro greves dos professores. É uma coisa bastante conflitada.
Santa Catarina tem o maior número de secretarias, incluindo 36 de desenvolvimento regional. É necessária uma máquina desse tamanho para gerir o Estado?
É uma filosofia, de fortalecer unidades regionais. Estamos transformando essas secretarias em agências de desenvolvimento, enxugando a estrutura e dando novas atribuições. É um modelo que foi implementado há 10 anos e que está sofrendo aperfeiçoamentos.
No primeiro mandato, o senhor enfrentou problemas sérios, com aqueles ataques ordenados pelo PCC. Essa questão está superada?
Não, não está superada. É um problema que continua. Existe uma briga entre o PCC, que é uma facção criminosa de São Paulo que tenta entrar em Santa Catarina, e o PGC, que se formou aqui. Eles se digladiam o tempo todo. Estamos fazendo um esforço muito grande dentro das unidades prisionais, construímos muitos presídios novos, modernos.
Quantas vagas foram criadas?
Entregamos 2,7 mil, estamos construindo 2,4 mil e vamos construir até 2017 mais 2,7 mil. Hoje, temos 18,7 mil presos. Nove mil estão trabalhando, aprendendo uma profissão e se ressocializando. Na unidade de Itajaí, que construímos em 2011, o juiz de direito informou que temos o mais alto índice de ressocialização. Apenas 20% reincidem no crime. Em Joinville, é ainda melhor: de cada 10, nove não voltam para a cadeia. Antes, era uma tragédia.
Significa que vale investir para ressocializar?
Com certeza. Nós comprovamos por números. Há um acompanhamento muito bem feito, psicológico e profissional. Muitos estão estudando, vários fazendo faculdade, todos aprendendo uma profissão. É impressionante a recuperação pelo trabalho.
Pelo plano de demissão voluntária nas estatais, 700 pessoas saíram. Tinha gente sobrando?
Sim. Fizemos um estudo bem profundo dessa realidade e estamos fazendo cortes pontuais. A economia até 2018 será de R$ 250 milhões. Conseguimos usar muito a tecnologia. As ferramentas de tecnologia que estamos usando no governo estão dando mais transparência e melhorando nosso desempenho. Vou dar um exemplo: temos muitos contratos terceirizados, 12,4 mil no Estado. Todos estão digitalizados, à disposição da sociedade, apenas na Saúde estamos complementando agora. Muitos estão sendo eliminados, estamos discutindo um por um, baixando o valor e o tamanho, vendo se há necessidade ou não. Tem contrato de 20, 30 anos que está ali e ninguém mais sabe da importância. A economia é espetacular.
Em Santa Catarina, os outros poderes têm percentuais fixos no orçamento. Ou seja, se dobrar a receita, dobra lá também a despesa. Não está na hora de mudar isso?
Já tentei várias vezes e não consegui, é um diálogo muito difícil. Na Assembleia, há um movimento para mudar esse sistema. É um sistema que vem há mais de 20 anos e, como houve um aumento de arrecadação significativo, o percentual dos poderes cresceu muito.
Em junho a receita cresceu 3%, para uma inflação de 9%. Como lidar com essa queda de receita?
Fazendo gestão. Não vamos buscar mágica financeira, não vamos sacar dinheiro dos depósitos judiciais. Isso é quase como emitir moeda.
Aumento de impostos descartado?
Impossível, seria penalizar a sociedade. A gente vai continuar o esforço de dar equilíbrio. O que a sociedade espera de agora não são soluções mágicas, é cumprir com o nosso dever. Temos de estimular a sociedade, animar as empresas a superar a crise. A crise fica muito grave quando você se desanima e se abate com ela. Para quem está num papel de liderança, temos de fazer o papel inverso, incentivar o consumo, abrir mercados, levar produtos para fora. Estamos agilizando as licenças ambientais, para estimular os investimentos, mas ainda precisamos melhorar.
O senhor acredita que a presidente Dilma conseguirá superar a crise política?
Tenho conversado com ela seguidamente, e Dilma está muito disposta. Esse programa das concessões é um sinal importante da busca de investimentos. Não tenho dúvida de que esse é o caminho para o Brasil. O setor público é ineficiente.
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O senhor é muito cobrado pelo seu apoio a Dilma?
O meu gesto foi de gratidão, ela foi uma parceira importante do governo e do Estado de Santa Catarina. Muitas coisas que estavam enroladas havia muitos anos conseguimos resolver, e houve empenho pessoal dela. Tenho certeza da sua honestidade pessoal. Não tenho dúvida de que não há nenhum envolvimento e ninguém terá condições de acusá-la. Isso é o suficiente sob o ponto de vista de relação pessoal. As questões de governo, eu nunca fui do PT, não tenho nenhuma relação com o PT. A amizade pessoal não está relacionada à popularidade ou à impopularidade. É uma relação de admiração, de respeito. Ela foi eleita pelos brasileiros, ela merece, no mínimo, respeito. É claro que, neste momento, há toda uma fragilidade, um desgaste do governo, mas a gente precisa tocar o Brasil para frente, e quero colaborar.
Se o senhor pudesse dar um conselho ao seu colega José Ivo Sartori, que vive uma situação extremamente difícil, qual seria?
Tenho conversado com o Sartori em várias reuniões e também por telefone, trocado experiências. Gosto muito dele, é uma pessoa do bem, que tenta fazer o melhor. Acho que as medidas radicais, duras, elas precisam ser explicadas, você tem de convencer as pessoas, mas elas precisam ser tomadas. Não conheço bem a realidade do Rio Grande do Sul, mas ele tem um patrimônio que a eleição lhe deu e ele tem de usar isso em favor das mudanças que sociedade reclama. Porque, lá na frente, depois, esse patrimônio vai se esgotando com o tempo e vai ficando mais difícil.
O senhor é bastante jovem ainda. Está no seu horizonte concorrer à Presidência?
Não, eu acho que o que posso ser... Já fui senador, fiquei quatro anos e prometi que não seria mais. O Legislativo é uma coisa muito abstrata, ele não consegue cumprir o seu papel. Mas como entendo que algumas mudanças profundas são necessárias, talvez eu possa contribuir exercendo esse papel. Então, não é um projeto, mas um caminho natural que eu seja candidato ao Senado.
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