Informações secretas obtidas e divulgadas pelo WikiLeaks revelam detalhes sobre a espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA) contra membros do governo Dilma Rousseff.
Entre os alvos há nomes do setor econômico, financeiro e diplomático do governo brasileiro. Nem as comunicações do avião presidencial foram poupadas, que são feitas por telefone via satélite.
Estão na lista 29 alvos considerados "preferenciais". Entre eles, Antonio Palocci, então chefe da Casa Civil, Anderson Dornelles, assessor pessoal de Dilma, Nelson Barbosa, que era secretário-executivo do ministério da Fazenda, e o embaixador Luís Antonio Balduíno Carneiro, que dirigia o Departamento de Assuntos Financeiros do Itamaraty.
O atual embaixador brasileiro nos EUA, Luiz Alberto Figueiredo Machado, também esteve na mira quando dirigia o Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Itamaraty. Os espionados brasileiros aparecem na lista como "prioridade 3". A NSA teria escolhido 10 telefones ligados a Dilma, como a linha fixa do Palácio do Planalto.
Os novos dados revelados sobre a espionagem americana, que têm como base o ano de 2011, surgem no final da semana em que Dilma fez a primeira viagem presidencial aos Estados Unidos. No encontro com o presidente Barack Obama o tema espionagem foi falado e dado como superado. A viagem prevista anteriormente havia sido cancelada justamente pelo mal-estar causado pela descoberta da espionagem.