A embaixada dos Estados Unidos em Cuba reabrirá nesta segunda-feira, no edifício onde se encontra atualmente a Secção de Interesses norte-americanos no país, e o governo cubano reabrirá sua embaixada em Washington, depois de décadas de conflitos. Ao contrário de Cuba, que promoverá uma cerimónia formal de abertura de sua embaixada, os Estados Unidos não farão nenhum ato oficial, o que ficará para a visita do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, a Havana - cuja data não foi ainda anunciada.
O prédio da Secção de Interesses dos EUA em Cuba foi construído em 1953, no período do governo do presidente Fulgencio Batista. A bandeira dos Estados Unidos foi retirada em 1961, quando o então presidente Dwight Eisenhower rompeu relações diplomáticas com Cuba, em resposta às expropriações do governo revolucionário de Fidel Castro.
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A Secção de Interesses dos Estados Unidos em Cuba só foi aberta em setembro de 1977, sob o amparo da missão diplomática suíça e depois do presidente Jimmy Carter chegar à Casa Branca, tendo sido ele o único chefe de Estado norte-americano a visitar Cuba após a revolução que colocou no poder o presidente Fidel Castro.
Atualmente, a Secção de Interesses dos Estados Unidos em Cuba tem 360 funcionários, entre norte-americanos e cubanos, além de marines (tropas militares) para fazer a segurança.
Cuba e Estados Unidos voltam a negociar reaproximação diplomática
Segundo dados do governo norte-americano, 37.149 cubanos receberam vistos para viagens temporárias aos Estados Unidos e 20.552 vistos de imigrantes, durante o ano de 2014.