Após perder tudo na enchente, moradora desabafa: "Eu quero sair de Esteio"

Um dia depois de uma das maiores enchentes da sua história, Esteio amanheceu com ruas sujas e casas cheias de lama. O Diário Gaúcho retornou a Rua Theodomiro Porto da Fonseca, no Bairro São Sebastião, onde na manhã de ontem os moradores foram retirados com barcos e jet ski.

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Na casa da vendedora Miguelina de Fátima Pereira, 58 anos, o cenário é de destruição. Sofás e cadeiras saíram flutuando com a força da água. A geladeira só não foi parar no pátio porque a família a amarrou com uma corda na parede.



Latas de tintas e 60 sacos de cimento que estavam sendo usados para a reforma da casa, que foi alagada quatro vezes em 2013, estão totalmente inutilizados depois do aguaceiro.

VÍDEO: veja a situação da Rua Theodomiro Porto da Fonseca durante a enchente

- Esse problema vem de muitos anos aqui em Esteio, mentem pra nós que vão fazer alguma coisa e não fazem nada. Perdi tudo, não tenho nem o que almoçar hoje.


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De toalha de mesa, alimentos e roupas a todos os documentos dela e do marido. Tudo está encharcado. No pátio, um pedaço de tronco de árvore apareceu. Há muito esgoto por toda casa.

 
Nível da água chegou a mais de um metro

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- Erguemos o que o pudemos erguer, a geladeira saiu andando. O carro deu perda total.  Eu quero sair de Esteio. A gente não tem liberdade de morar onde a gente quer. Eu tenho sair onde eu quero morar porque essa rua alagada.

 
Geladeira só não saiu boiando porque foi amarrada

As chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde segunda-feira deixam são 2,1 mil pessoas fora de casa apenas em Esteio, segundo a Defesa Civil do município. Esteio, Rolante e Riozinho já decretaram situação de emergência.

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