A CPI do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) aprovou nesta terça-feira 13 requerimentos, entre os quais os de convocação de conselheiros do órgão e executivos de grandes empresas do país, para prestar esclarecimentos no Senado sobre as denúncias quanto ao susposto esquema de fraude em julgamentos referentes a multas aplicadas pela Receita Federal.
O órgão, que atua como uma espécie de tribunal do Fisco, sendo a última instância administrativa para que as empresas recorram de multas, foi alvo da Operação Zelotes, deflagrada em março deste ano pela Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, a Corregedoria do Ministério da Fazenda e Ministério Público. A investigação apura suspeitas de que empresas pagariam propina a membros do conselho para reduzir ou anular multas.
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Entre os convocados, estão Adriana Oliveira Ribeiro, ex-conselheira e sócia da empresa J.R. Silva Advogados Associados; Gegliane Maria Bessa Pinto, funcionária da empresa J.R. Silva Advogados Associados; Jorge Victor Rodrigues, ex-conselheiro; Meigan Sack Rodrigues, ex-conselheira do Carf ; Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) ; Ford Motor Company Brasil Ltda; MMC Automotores do Brasil Ltda - Mitsubishi Motors; Lutero Fernandes do Nascimento, assessor direto de Otacílio Dantas Cartaxo, ex-presidente do Carf ; Jorge Celso Freire da Silva, ex-conselheiro do Carf; Marcos Madureira, vice-presidente executivo do Banco Santander; Eduardo Sirotsky Melzer, presidente executivo do Grupo RBS; José Domingues de Oliveira Santos, presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC); Edson Pereira Rodrigues, ex-presidente do Carf.