Pelo menos 20 policiais civis e sete viaturas passaram duas horas na noite desta quinta-feira fazendo a segurança no entorno do condomínio Princesa Isabel, em Porto Alegre, onde moradores fizeram uma festa para comemorar a morte do traficante Teréu, asfixiado dentro da Penitenciária de Alta Segurança (Pasc), em Charqueadas.
Os policiais receberam denúncias de que traficantes rivais tentariam vingar o líder do tráfico no Beco dos Cafunchos nesta noite, o que motivou o reforço do policiamento. Uma ronda deve ser mantida durante a madrugada na região. Teréu era rival do traficante Xandi, que foi morto no início do ano em uma casa em Tramandaí, no Litoral Norte do estado.
Teréu foi asfixiado na Pasc com um saco plástico, afirma juiz
VÍDEO: Execução de traficante é comemorada com foguetório
VÍDEO: imagens mostram comemoração dentro de condomínio
- Viemos mais para manter a tranquilidade no condomínio e para as pessoas que moram no entorno. Durante a noite vamos continuar fazendo rondas para garantir a segurança do pessoal, mas acredito que essa vingança não deve ocorrer - afirmou o delegado Carlo Butarelli, diretor da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, que estava presente no local.
Durante a tarde desta quinta-feira, diversas baterias de fogos disparadas dentro do condomínio foram ouvidas na Capital. Eram moradores do complexo comemorando a morte do traficante rival.
Conforme o delegado de Charqueadas, Rodrigo Reis, a ação dos detentos para matar Teréu por asfixia teria durado entre cinco e 10 minutos. Ele foi atacado pelas costas, estrangulado e jogado no chão. Ao ver a confusão, outros presos que almoçavam saíram correndo do local. Os detentos envolvidos na ação buscaram duas sacolas, usadas para asfixiar Teréu.
O delegado Rodrigo Reis tomou o depoimento de oito pessoas, umas delas apenas na condição de testemunha. Os outros sete têm algum envolvimento com o crime e Maradona é um deles. Segundo o delegado, as imagens são bem nítidas. Um dos próximos passos da investigação é verificar como agentes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) fazem a vigilância dos presos. No momento do ataque, no refeitório, não havia agentes no local.
No Beco dos Cafunchos, moradores estenderam faixas em sinal de luto pela morte de Teréu. "Vai deixar saudades", dizia uma das mensagens. Foto: Brigada Militar/Divulgação