Aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) leu nesta quinta-feira o requerimento encaminhado à CPI da Petrobras pedindo a convocação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A proposta não foi à votação porque, além de não estar ainda em pauta, a sessão para apreciação de requerimentos já foi concluída. A CPI voltou a ouvir o depoimento do presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro.
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Paulinho defendeu que Janot explique o critério adotado para definição dos políticos investigados na Operação Lava-Jato e disse que há denúncia, feita supostamente por funcionários do Ministério Público, de que uma empresa de assessoria de imprensa estaria vazando informações das investigações.
- Só porque é procurador-chefe não pode ser investigado? - insistiu Paulinho, que contou com o apoio de parlamentares do PMDB na proposição.
O deputado quer que seu requerimento seja votado na próxima semana.
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Membro da comissão, a deputada Eliziane Gama (PPS-MA) avisou que poderá entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a iniciativa por "constrangimento ilegal do procurador".
- Não cabe a essa Casa ingerir em uma investigação em curso - declarou.
O relator Luiz Sérgio (PT-RJ), o PT e o PSOL também se colocaram contra o requerimento.
- Isso depõe contra a CPI - argumentou Luiz Sérgio.
Os fatos que marcaram a operação:
Abaixo, veja o que já ocorreu durante as investigações: