Ainda sem apresentar respostas no âmbito criminal, o Estado também está sendo cobrado na esfera cível pela morte do ex-secretário de Saúde da Capital Eliseu Santos, assassinado há cinco anos, no bairro Floresta, na Capital. A pedagoga Denise Goulart da Silva, viúva da vítima, ingressou com ação na 1ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central, pedindo indenização de R$ 2 milhões por danos morais e materiais. O processo envolve ainda o município de Porto Alegre.
Segundo a petição assinada pelos advogados Sérgio Yehoshúa Laks e Jorge Ubirajara Wolf, Eliseu Santos foi morto em vingança por atitudes tomadas como secretário de Saúde da Capital. Seriam elas: exonerar de um cargo em comissão o assessor Marco Antônio de Souza Bernardes e rescindir o contrato com a empresa de vigilância Reação, que prestava serviço de segurança. Dias antes, Eliseu teria denunciado sofrer ameaças de morte. Por isso, os advogados cobram indenização do município. O pedido contra o Estado se baseia no princípio de que ele é responsável por garantir segurança pública.
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- O crime ocorreu em área próxima ao centro da Capital, com diversos disparos em via pública, local de grande fluxo de veículos, ao lado de um supermercado, no horário em que transitavam inúmeras pessoas - diz a petição.
Denise e a filha, então com sete anos, presenciaram o crime. Conforme os advogados, elas passaram a sofrer de transtorno de estresse pós-traumático, com distúrbios de ansiedade que demandam longo tratamento psiquiátrico e uso de medicamentos. A garota apresenta comportamentos de tristeza profunda, depressão, isolamento e dificuldades para dormir sozinha, além de imensa saudade do pai, especialmente em datas festivas, como aniversário, Natal e Dia dos Pais.
Os advogados ressaltam que a morte de Eliseu trouxe à viúva e à filha importantes perdas financeiras, à medida que não contam mais com a renda do médico, que atuava em várias instituições, além de ser secretário municipal.
O documento lembra que os três filhos do primeiro casamento de Eliseu puderam estudar em conceituadas escolas e universidades particulares, à custa do pai. Por orientação dos advogados, Denise evita entrevistas.
Caso Eliseu
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