Os ônibus da Carris voltam às ruas na quinta-feira. No entanto, os funcionários da empresa que participaram dos protestos desta quarta-feira durante o Dia Nacional de Paralisação em Porto Alegre reivindicam o abono do ponto. E a empresa não quer pagar. Por isso, em assembleia na tarde desta quarta-feira, os rodoviários decidiram que aguardarão uma manifestação do prefeito José Fortunati até o meio-dia de quinta-feira a favor do abono. Se isso não ocorrer, os trabalhadores procurarão a Justiça do Trabalho.
Não se descarta uma nova paralisação dos ônibus nos próximos dias, caso o prefeito não se manifeste favoravelmente à categoria, de acordo com o delegado sindical da Carris Elton Weber. No início da noite, ainda sem ter o resultado da assembleia, o presidente da companhia, Sérgio Zimmermann, não garantia que os ônibus poderiam estar na rua já na manhã de quinta.
Há uma pauta de reivindicações pendente que reforça o protesto dos rodoviários. Segundo Weber, faz oito meses que os funcionários da companhia não recebem contracheque. Além disso, eles pedem o fim do intervalo de três a quatro horas, o que deixa os trabalhadores boa parte do dia à disposição da empresa. Eles querem uma jornada de seis horas.
Zimmermann disse que não faz tanto tempo que os empregados não recebem o contracheque de papel. Ele afirmou que atualmente o contracheque é eletrônico, mas o terminal em que os rodoviários acessam as informações está estragado e será preciso licitar outro equipamento. Sobre o intervalo, o presidente argumentou que o assunto já foi debatido no último dissídio da categoria, no início do ano. A Carris entrou com uma ação que a abertura dos portões da garagem fosse garantida pela Brigada Militar, mas a Justiça do Trabalho negou.