As fraudes no sistema de coleta de lixo envolvem contratos de R$ 5 milhões em 12 municípios do Rio Grande do Sul. As irregularidades foram apuradas pelo Ministério Público (MP) durante a Operação Conexion, que prendeu seis empresários nesta terça-feira. Foram duas prisões em Tramandaí, uma em Porto Alegre, uma em Torres, uma em Taquara e outra no Litoral Norte, em município não especificado. Um sétimo empresário, de Parobé, está foragido.
A operação foi executada depois do depoimento de um empresário envolvido no esquema, que está entre os presos. Os infratores responderão por fraude em licitação, lavagem de dinheiro e formação de cartel.
De acordo com a Promotoria de Justiça Especializada Criminal do MP, o grupo de empresários fraudaria processos licitatórios e faria a divisão de mercado de atuação de cada empresa, eliminando o caráter competitivo do mercado. Na associação denominada Agelurb (Associação Gaúcha das Empresas de Limpeza Urbana), fundada pelos grupo de empresas, com sede em Novo Hamburgo, ela realizava a divisão do mercado e se determinava qual empresa seria a vencedora da próxima licitação ou alvo de contratação emergencial por parte de algum município.
Entre as empresas que fariam parte do esquema estão: Mecanicapina e WK Borges, de Porto Alegre; Onze Construtoria de Urbanizadora, Brisa Transportes e Trans Ambiental, de Tramandaí; Geral Transportes, de Canela; Biomina e Camaro, de Taquara; Komac Rental, de Torres; Eco Limp, de Santo Antônio da Patrulha; Biasoto & Cia, de Carlos Barbosa, e Reciclagem Adeva, de Paraí.