A Polícia Federal (PF) avançou, na manhã desta quinta-feira, em mais uma fase da Operação Lava-Jato. Os agentes cumprem 62 mandados - um de prisão preventiva, três de temporárias, 18 de conduções coercitivas e 40 de busca e apreensão - nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. Um dos alvos é o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
A PF também fez busca e apreensão na casa do petista. Vaccari foi citado por um dos delatores, Paulo Roberto Costa, que afirmou à PF que o tesoureiro recebia as parcelas do PT no esquema de pagamento de propina por grandes empreiteiras em troca de contratos com a Petrobras.
Vaccari foi levado à PF para prestar depoimento sobre recursos destinados ao partido por empresas que mantinham contrato com a Petrobras. Conforme o delegado Igor Romário de Paula, Vaccari deveria esclarecer o "pedido de doações legais e ilegais" ao PT, feito por ele tanto a pessoas que tinham contratos com a Petrobras quanto a quem não tinha. Por volta das 12h45min, Vaccari deixou a sede da PF. O conteúdo do depoimento ainda não foi divulgado.
A origem da investigação: tudo começou no posto
Em Santa Catarina, as ações policiais ocorrem nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Piçarras, Navegantes, Penha e Palmitos. Segundo a PF, a nona fase da Lava-Jato é fruto da análise de documentos e contratos apreendidos, das informações passadas por um dos investigados e da denúncia de uma ex-funcionária de uma das empresas investigadas.
Os investigados devem responder pelos crimes de fraude em licitação, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Deflagrada em março de 2014, a Operação Lava-Jato é uma investigação da Polícia Federal que apura desvios de recursos da Petrobras e envolve servidores públicos, políticos e empresários.
Os fatos que marcaram a operação: