O gás metano emitido pelo aterro sanitário de Santa Maria será usado para gerar energia elétrica nos próximos anos. Isso será possível porque foi emitida, nos últimos dias, a Licença Prévia para instalação de uma usina termelétrica na cidade, próximo ao aterro de resíduos sólidos, no distrito de Santo Antão, ao norte do município.
De acordo com a Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), que administra o aterro, a empresa Biotérmica Energia ocupará uma área de 6 hectares, ao lado da estrutura.
Hoje, o gás metano liberado pelo lixo depositado no aterro é queimado, sendo transformado em gás carbônico (CO2), que é menos poluente, antes de ser liberado na atmosfera. Com a usina instalada, o metano, que é o mais perigoso dos gases liberados pela decomposição dos resíduos, será canalizado e a combustão movimentará os geradores.
A termelétrica poderá gerar 11,5 megawatts por hora, volume que é capaz de abastecer uma cidade com 15 mil habitantes. Já nos lixões, que devem ser extintos até 2018, os gases são jogados no meio ambiente sem filtros.
Conforme a CRVR, o preço da energia gerada na termelétrica será competitivo. A Biotérmica poderá participar dos leilões de energia da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para vender energia para a AES Sul, por exemplo, ou então vender diretamente para empresas. Neste caso, a localização privilegiada, a poucos quilômetros do Distrito Industrial, é um ponto a favor da empresa.
Ainda não há informações sobre o montante de investimentos e número de contratações.
Outra usina termelétrica foi liberada pela Fepam em São Leopoldo.