Foi enterrado na tarde desta segunda-feira o corpo de Anderson Bettim Siqueira, 22 anos, desaparecido desde a última sexta-feira. O jovem nascido em São Francisco de Assis teria saído com a namorada, Aline Fontoura, 20 anos, para se banhar no Rio Inhacundá, na localidade de Poço da Pedra, na cidade. Seu corpo foi encontrado na manhã desta segunda, um dia depois do da namorada.
Aline, que era natural de Quaraí e morava em São Vicente do Sul, foi localizada pela Brigada Militar na manhã de domingo. Os pais da menina reconheceram o corpo e contaram à polícia que ela teria ido para São Francisco na sexta para visitar o namorado. Aline era estudante de Biologia do Instituto Federal Farroupilha (IFF), mas havia trancado o curso. Já Anderson havia concluído o curso Técnico em Informática no mesmo local, em julho passado. Ela foi enterrada nesta tarde, em São Vicente do Sul.
Conforme o tio de Anderson, José Biratan de Siqueira, 62 anos, os dois saíram a pé para tomar banho no rio no sábado à tarde. Ele diz que o local onde eles se banhavam é tranquilo, tem pouco movimento, mas possui poços profundos em alguns pontos, com cerca de quatro metros de profundidade.
_ Nós percebemos o sumiço deles, mas não ficamos tão preocupados porque sabe como são os jovens, né? No máximo, iam levar um puxão de orelha no outro dia. Jamais poderíamos imaginar este desfecho.
Amor pelo rock
O casal, que namorava desde outubro de 2013, tinha em comum o gosto pelo rock. Anderson tocava em uma banda de rock de São Francisco, onde era vocalista e guitarrista. Numa das últimas fotos postadas em seu Facebook, ele aparece com a namorada caminhando dentro d'água, em 13 de janeiro.
O amigo Rafael Trucollo, baterista da banda, diz que Anderson estava sempre rindo, de bom humor, e que era uma pessoa legal de conviver. Lembra que o amigo era esforçado, estava trabalhando e tocava guitarra como ninguém.
_ Nos víamos sempre por causa da banda. Ele tinha muitos amigos em São Chico, e todos nós vamos sentir muita falta dele _ lamenta.
Colega de faculdade de Aline, Camila Ambrós, 20 anos, diz que a amiga tinha uma personalidade incomum e gostava de tudo que era diferente da maioria.
_ A gente chamava ela de doida, porque estava sempre com ideias mirabolantes e sonhos malucos. Sempre nos fez rir muito. Adorava falar de música e dos shows que ainda gostaria de assistir.
Investigação
A suspeita da Polícia Civil é que os dois se afogaram no rio, mas ainda não há um laudo pericial comprovando a causa da morte. O local está isolado.