O prefeito da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, revisou para baixo, de sete para duas, as vítimas fatais da explosão em um hospital infantil no sul da Cidade do México, nesta quinta-feira. Outras 66 pessoas ficaram feridas e, dessas, 14 se encontram em estado grave. Pelo menos 21 são crianças.
- Neste momento, temos apenas duas mortes confirmadas. Uma que corresponde a um menor, e outra, a uma mulher - disse o prefeito a jornalistas durante uma coletiva de imprensa.
Mais cedo, o chefe de governo da delegação (governo local) de Cuajimalpa, uma das 16 nas quais se divide a megalópole e onde ocorreu a tragédia, e uma fonte da prefeitura haviam anunciado, "oficialmente", que sete pessoais tinham morrido.
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- Uma dessas pessoas que eu disse que tinha perdido a vida se encontra em estado grave em um hospital - explicou o próprio prefeito.
Em seu balanço, que ainda considerou "preliminar", Mancera disse que a explosão no Hospital Materno Infantil de Cuajimalpa deixou 66 feridos. A explosão ocorreu às 7h (11h no horário de Brasília), quando um caminhão-tanque abastecia de gás o Hospital Materno Infantil Cuajimalpa.
Especula-se que um vazamento de gás do veículo tenha causado a deflagração. Em meio ao pânico dos funcionários e dos pacientes, que fugiram apavorados, as equipes de resgate iniciaram uma dramática busca com a ajuda de cães para encontrar sobreviventes nos escombros do hospital, que ficou 75% destruído.
Pessoas angustiadas chegaram nas imediações do pequeno hospital, pedindo informação às autoridades sobre o estado de seus familiares.
- Estou esperando informações da minha sobrinha. Deu à luz ontem. Estamos desesperados, não sabemos nada - disse à AFP Martha Castellanos.
Os feridos começaram a ser levados para vários hospitais da capital, onde doações de sangue eram solicitadas. O motorista do caminhão, que sobreviveu com alguns ferimentos, foi detido pela polícia, contou à AFP uma fonte da segurança. As autoridades anunciaram a abertura de uma investigação para determinar as causas exatas da explosão no centro médico, que recebe diariamente mais de mil pacientes, incluindo muitas grávidas.
Ronaldo Schemidt, AFP Photo
- Minha tristeza e solidariedade aos feridos e aos familiares que perderam entes queridos nesta manhã no Hospital Materno Infantil de Cuajimalpa - escreveu em sua conta no Twitter o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto.
A zona da tragédia foi isolada pela polícia. A área de emergência neonatal foi uma das mais afetadas pela explosão e "está praticamente destruída", segundo uma fonte consultada pela AFP. Ao lado do hospital de Cuajimpalpa, inaugurado em 1993, há escolas, uma primária e um jardim de infância, que permaneceram fechadas nesta quinta-feira.
- Precisamos realizar, por razões de segurança, a evacuação do prédio, porque muitas das pessoas são bebês da maternidade - indicou o prefeito.
No México, ocorreram recentemente outros incidentes envolvendo o vazamento de gás e explosão que deixaram várias vítimas. Em maio de 2013, 25 pessoas morreram em um acidente, envolvendo um caminhão-tanque em uma estrada em Ecatepec, no estado do México (centro). O local era cercado por casas.
Em fevereiro de 2013, uma explosão na sede da estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) na Cidade do México deixou 37 mortos. Em setembro de 2012, outros 30 trabalhadores dessa mesma empresa morreram em uma explosão de gás, em uma fábrica em Reynosa, Tamaulipas (nordeste do país).
*AFP
75% destruído
Explosão em hospital infantil no México deixa pelo menos dois mortos
Explosão ocorreu às 7h (horário local), 11h no horário de Brasília
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