O ex-presidente da Fundação Piratini (TVE e FM Cultura) Pedro Osório rebateu as afirmações da atual gestão da instituição sobre dívidas deixadas e o cancelamento de um edital milionário, ato atribuído a supostos erros presentes no documento.
As informações foram publicadas ontem em reportagem de ZH sobre cortes de recursos e redução de atividades da TVE.
- A nova presidente entra com mentalidade de locatária, quer receber uma administração zerada sem qualquer responsabilidade financeira - afirmou Osório.
Segundo a atual presidente do órgão, Isara Marques, o saldo negativo de R$ 580 mil teria agravado o quadro financeiro da fundação, que neste mês recebeu um corte de 53% da cota mensal recebida para manutenção. Para Osório, não há nada de excepcional na conta deixada:
- Há algumas coisas que, no apagar das luzes, ficaram para o mês seguinte, mas sempre pagamos nossos fornecedores em dia.
Outro tema polêmico comentado por Osório foi o cancelamento do edital para a seleção de cinco séries de televisão para a TVE. Com orçamento total de R$ 3,9 milhões, apenas cerca de R$ 300 mil precisariam ser pagos pelo governo estadual, sendo o restante captado via Fundo Setorial do Audiovisual e Ancine, ambos federais. O ex-presidente afirmou que não há erros no texto do documento que justificassem sua anulação, como afirmou Isara. Para ele, o verdadeiro motivo do cancelamento é a diminuição dos gastos.
- Não há nenhuma questão administrativa ou jurídica que impeça a publicação do edital. Pode haver ajustes, tecnicalidades e correções a serem feitas, mas, tendo dinheiro, não haveria problema - afirmou o ex-dirigente.