A tradicional ponte da RS-470 sobre o Rio das Antas pode ter o peso máximo permitido reduzido devido a problemas estruturais. A capacidade atual da travessia, que separa Bento Gonçalves de Veranópolis, é de 36 toneladas. Uma vistoria prevista para esta quinta-feira (15) vai atestar se há a necessidade da mudança.
Engenheiros do Daer detectaram problemas estruturais nas cabeceiras. Em uma delas, há sinais de impacto no concreto, enquanto na outra foi constatada oxidação da armação metálica, que causou estufamento do concreto. Como precaução, desde o dia 19 de dezembro, a velocidade máxima permitida na ponte é de 30 km/h. Antes, eram 60 km/h.
Segundo o superintendente regional do Daer de Bento Gonçalves, Adalmiro da Silva Neto, as placas já estão instaladas e já houve solicitação de fiscalização à Polícia Rodoviária Estadual.
A suspeita dos engenheiros é de que os danos tenham sido causados pelo tráfego caminhões conhecidos como Combinações de Veículos de Carga, o que inclui veículos bitrem. Caminhões desta categoria são proibidos de trafegar pela RS-470, mas técnicos do Daer já flagraram veículos do tipo circulando pela estrutura. A ação do tempo também pode ter contribuído para os danos na ponte, já que ela foi inaugurada em 31 de agosto de 1952.
Uma solução definitiva ainda depende de avaliação mais minuciosa dos engenheiros. Isso inclui exames laboratoriais para conferir o estado tanto da parte metálica, quanto do concreto. Depois, ainda será necessário a elaboração de um projeto.
A ponte tem 277 metros de extensão e é considerada um cartão postal de Veranópolis e Bento Gonçalves por ter sido, na época da inauguração, a terceira do mundo em arcos isolados e a primeira com arcos paralelos.
Gaúcha
Com problemas estruturais, ponte sobre o Rio das Antas, na RS-470, pode ter redução de capacidade
Engenheiros constataram problemas nas cabeceira. Velocidade já foi reduzida pela metade
André Fiedler
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