O governador eleito José Ivo Sartori (PMDB) tomará posse, na tarde desta quinta-feira, em Porto Alegre, com mais apoio na Assembleia do que o antecessor, Tarso Genro (PT). Ao assumir o comando do Palácio Piratini, Sartori terá uma base composta por pelo menos 34 dos 55 deputados estaduais, distribuídos em nove partidos.
O aval da maioria no Parlamento é fundamental para facilitar a aprovação de projetos. Em tese, é garantia de governabilidade.
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- Vamos dar abertura para que os deputados participem e vamos dialogar com a oposição. Quanto mais franca for a relação com a Assembleia, melhor para o Rio Grande - diz o futuro chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi.
Em janeiro de 2011, Tarso tinha a adesão de 32 parlamentares e seis siglas. Ao longo da administração, obteve anuência para as principais propostas enviadas ao plenário.
Negociação com siglas prossegue
Já Yeda Crusius (PSDB) enfrentou problemas, apesar de somar 34 nomes e cinco legendas a seu favor no início do mandato. Antes mesmo de assumir, foi surpreendida pela infidelidade da base ao tentar aumentar impostos.
Em termos de costura parlamentar, o governador mais bem-sucedido desde a redemocratização foi Germano Rigotto (PMDB), com um discurso conciliador. Em janeiro de 2003, havia 39 deputados ao seu lado, em oito siglas.
O recorde poderá ser batido por Sartori. Três partidos que integraram a coligação de Tarso estão no horizonte: PR, PPL e PTB, com sete representantes na Assembleia. As conversas estão mais adiantadas com o PR. Os demais serão procurados por Biolchi após a posse. O deputado Marcelo Moraes (PTB) já havia sinalizado apoio.
Como os nomes do secretariado estão definidos, a participação dessas legendas no governo se dará no segundo e no terceiro escalões - cujos cargos permanecem abertos.