Um fórum realizado durante toda esta quinta-feira (23) em Porto Alegre apresenta o plano de ação e enfrentamento ao vírus ebola no Estado. Representantes da área da saúde de todas as regiões gaúchas estão presentes. O principal objetivo do encontro é orientar os profissionais a reconhecer casos suspeitos e, se necessário, agir para providenciar o isolamento do paciente.
“A informação é a chave da questão. A pessoa pode ter vindo da África onde há pacientes com ebola, mas se foi há um ano não há por que temer”, relata a coordenadora do plano de ação, Marilina Bercini.
Suspeitas
O paciente só entra em um grupo de risco se apresentar sintomas da doença e se esteve na Libéria, Guiné ou Serra Leoa há 21 dias ou menos. Diferente disso, não há como a pessoa ter contraído o vírus ebola. Outro ponto importante é o destaque para as formas de contágio, que só ocorre com a troca de fluidos corporais e nunca pelo ar, como a gripe. Caso exista a doença, ela só será transmitida se o paciente já estiver com sintomas.
O plano de enfrentamento ao ebola descreve ações de vigilância e em saúde caso haja algum caso suspeito no estado, o que não aconteceu. O foco é na detecção precoce, proteção dos profissionais de saúde e contenção da transmissão. Há ainda a previsão da emissão de alertas que devem ser enviados à toda a rede de saúde pública e privada, aeroportos, zonas de fronteira e Samu.
O Hospital Conceição, de Porto Alegre, é a instituição de referência para atendimento de algum eventual caso. A instituição dispõe de local de isolamento apropriado e há trajes e medicamentos específicos para o tratamento da doença.
Sintomas
Os principais sintomas do ebola são febre súbita e hemorragias. No entanto, os casos só serão confirmados mediante exame com contraprova. O período de incubação do vírus é de 1 a 21 dias. Só podem se enquadrar na grupo de suspeitas as pessoas que estiveram nos últimos 21 dias nos três países africanos onde há casos da doença.