Depois de uma visita de meia hora às instalações do Presídio Central, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, afirmou que é preciso "determinação e vontade política" para resolver a situação do sistema carcerário no país. Os problemas enfrentados pela maior unidade prisional do Rio Grande do Sul - como superlotação, estrutura precária e más condições de higiene - refletem, segundo ele, um"padrão seguido em todo o país" e que prova a "falta de civilidade nacional".
- Com certeza, o preso não sai recuperado daqui. Evidentemente que não. Em alguns casos, acho que sai pior do que entrou - disse, durante coletiva de imprensa.
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No entanto, Barbosa, que também preside o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), descartou a possibilidade de fechamento imediato da penitenciária, constante alvo de denúncias de violações de direitos humanos.
- É preciso ter responsabilidade. Fechar abruptamente estabelecimento como esse atrai uma segunda pergunta: fechar e colocar essas pessoas aonde? Primeiro, é preciso planejamento, saber exatamente o que vai ser feito. É preciso criar condições consistentes no que diz respeito às condições mínimas que devem ser oferecidas.
O presidente do Supremo ainda afirmou que, para país com nível de renda e riqueza do Brasil, "resolver o problema prisional não seria algo tão sacrificante do ponto de vista financeiro" e que "basta fazer um pequeno esforço".