Durou mais de duas horas a reunião entre representantes do Ministério Público Estadual e diretores da empresa LBR, responsável pelas marcas de leita Parmalat e Líder, envolvidas na fraude do leite. Foram apresentados laudos de testes feitos no laboratório da empresa, em Tapejara, e também no Paraná e São Paulo, que não detectaran produtos químicos, como o formol, ao contrário do que foi revelado por exames feitos pelo Ministério da Agricultura. "Nossos testes não apontaram nada. Pode haver diferenças na metodologia de análise e isso que queremos discutir daqui pra frente. Posso garantir que o leite colocado a venda é o mesmo que tomo na minha casa", afirmou o presidente da LRB, Nélson Bastos.
No entanto, o Ministério Público segue convicto de que houve falhas na fiscalização. "Os exames apresentados pela empresa foram realizados em laboratórios que não são credenciados pelo Ministério da Agrivultura. Também foram feitos no leite já processado, onde os produtos químicos já estariam diluídos", explicou o promotor Alcindo Bastos.
O Ministério Público ainda solicitou novos documentos à LBR, que devem ser entregues nos próximos dez dias. O objetivo é garantir que o leite contaminado não foi distribuído no Rio Grande do Sul