O Ministério Público ajuizou quatro ações coletivas de consumo contra as empresas e pessoas envolvidas na fraude do leite, desvendada durante a Operação Leite Compensado, em maio deste ano, no interior do Rio Grande do Sul . No total, 18 pessoas, oito empresas, uma associação e uma cooperativa paranaense são alvo das ações, ajuizadas entre os dias 10 e 12 deste mês.Em todos os casos, foram solicitados o bloqueio de bens e a quebra dos sigilos fiscais e bancários dos suspeitos.
As ações coletivas foram ajuizadas nos municípios de Horizontina , Ibirubá, Ronda Alta e Três de Maio . A ação visa garantir a indenização por dano moral coletivo. O órgão também pede que a Justiça proíba que os suspeitos produzam, transportem ou forneçam produtos lácteos que não estejam de acordo com as normas, sob pena de R$ 500 mil em caso de descumprimento da medida.
Confira os nomes:
Horizontina
-Lauri Jappe & Cia. Ltda
-Associação Agrícola e Pecuária de Produtores Rurais de Cascata
-Vereador Larri Lauri Jappe
Ibirubá
-Crisma Transporte Ltda
-Transportes Marx Ltda
-Três C Transportes Ltda
-Transportadora Irmãos Chiesa Ltda
-Marasca Comércio De Cereais Ltda
-Confepar Agroindustrial Cooperativa Central
Além dos envolvidos na fraude:João Irio Marx, João Cristiano Pranke Marx, Angélica Caponi Marx, Alexandre Caponi, Daniel Riet Villanova, Paulo Cesar Chiesa, Arcidio Cavalli, Rosilei Geller, Natalia Junges, Cleomar Canal, Egon Bender e Senald Wachter.
Ronda Alta
-A.R. Signor & Cia Ltda
Além dos envolvidos na fraude: Antenor Pedro Signor e Odirlei Fogalli,e ,Daniel Riet Villanova.
Três de Maio
-Transportes Schultz
Além dos envolvidos na fraude: Paulo Rogério Schultz, Lindiana Jussara Schmidt Schultz e Claudir Luis Baum.
Entenda o Caso
A Operação Leite Compensado foi realizada pelo Ministério Público (MP) no interior do Rio Grande do Sul. No início do ano, foi descoberta uma fraude que pode causar problemas de saúde. De acordo com os promotores, atravessadores adicionavam ureia no leite para mascarar a adição de água durante o transporte entre a propriedade rural e as indústrias. As análises comprovaram a presença de formol, substância cancerígena. Na primeira etapa, a operação foi realizada nas regiões de Horizontina, Ibirubá e Guaporé. Nove pessoas foram presas e sete ficaram na cadeia, sendo seis em Ibirubá e um em Guaporé. Nos dois núcleos, 14 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público e o judiciário aceito 13, que viraram réus. Está proibida a comercialização de leite de vários lotes de sete marcas: Hollmann, Goolac, Só Milk, Italac, Líder, Mumu e Latvida.Na segunda etapa da Operação Leite Compensado, as buscas ocorreram em Rondinha, Boa Vista do Buricá e Horizontina.