Após ouvir, na tarde desta segunda-feira, os dois proprietários do Cabaret, o subgerente da casa noturna e uma testemunha doincêndio que destruiu dois terços do prédio no sábado, o delegado Hilton Müller, da 17ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre, descartou que o fogo tenha sido causado por agentes externos. Não exclui, porém, que o incêndio possa ter sido criminoso.
- Aquela hipótese de que algo pudesse ter sido jogado sobre o telhado e provocado o incêndio, neste momento, está descartada - diz, com base, principalmente no depoimento do vizinho da boate, que acionou os bombeiros no dia do incêndio.
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O delegado pediu aos proprietários cópias de documentos como o Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) e o alvará dos bombeiros. Eles referiram que têm algum material digitalizado, mas outros foram consumidos pelo fogo.
- A princípio, não há dúvidas de que a situação da casa noturna estava dentro da regularidade - afirma Müller.
Ainda nesta semana, bombeiros e peritos serão consultados pela polícia, para colaborar com a investigação.
As causas ainda são investigadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), que deve chegar a uma conclusão em até 30 dias.