Um suposto caso de bullying acabou virando caso de polícia em uma escola de Pelotas, no sul do Estado. Com o argumento de que a filha de 12 anos era espancada dentro e fora de sala de aula, a mãe e dois irmãos da menina invadiram o Colégio Estadual Dom João Braga e agrediram duas alunas e uma professora de Educação Física.
Na versão da irmã da menina, fazia pelo menos três meses que ela se queixava de maus tratos, cometidos por um grupo de colegas de sala de aula. A adolescente era estudante da 6ª série e frequentava a escola desde o início do ano, somente neste semestre a mãe da menina teria procurado a direção por cinco vezes. A família atribui as agressões ao tipo físico da irmã, que é gordinha e usa óculos.
- A minha irmã é cega de um olho e tem miopia no outro, por isso usa óculos do tipo fundo de garrafa. Na escola, a chamavam de gorda vesga, começou como chacota e acabou em agressão física. Um dia antes de irmos até a escola ela havia sido espancada - conta a irmã da menina.
Porém tanto a escola como as duas estudantes agredidas negam às acusações de bullying. A diretora Laura Machado diz que não foi procurada pela família de Suelen e que foi feita uma análise nas imagens das câmeras de segurança, que não teriam revelado nenhum tipo de agressão entre as colegas. O caso foi encaminhado para a assessoria jurídica da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e está sendo investigado pela Polícia Civil.
- O caso desnorteou as atividades na escola. Uma das meninas agredidas está com quatro dedos quebrados, a outra foi pega pelo pescoço e prensada contra a parede e a professora, ao tentar separar, levou socos no braço, sem contar o tumulto que causou entre os mais de 300 alunos do turno da tarde. Essa mãe ameaçou voltar e matar todo mundo, o que é ainda pior - diz a diretora do Colégio Dom João Braga.
Nesta quarta-feira, as aulas foram suspensas na escola e a partir de quinta-feira os estudantes entram em férias. A família da menina diz que só voltará no Colégio Dom João Braga para pegar o histórico escolar, necessário para a transferência de colégio. As duas partes, agressor e agredidas afirmam que darão início a uma ação judicial.
Pelotas
Mãe de estudante invade escola e agride colegas e professora
A atitude da mãe da menina de 12 anos teria sido motivada por um suposto caso de bullying. A escola nega às acusações
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