Em assembleia realizada nesta terça-feira, além de decretar a continuidade da greve, professores de Pelotas, no sul do Estado, decidiram recorrer à Justiça para receber o salário referente ao mês de abril - o corte do pagamento foi anunciado pelo prefeito Fetter Júnior na semana passada. A categoria está em greve há 43 dias, como reivindicação ao cumprimento do piso nacional.
Os grevistas também encaminharam, nesta terça-feira, um documento solicitando o reconhecimento do piso ao Ministério Público Federal. De acordo com o Sindicato dos Municipários de Pelotas (Simp), a classe recebe como salário base a quantia de R$ 331,89 por 20 horas de trabalho, enquanto que o piso nacional estipulado para a carga horário é de R$ 725.
Os alunos da rede municipal mal haviam começado o ano letivo quando foram surpreendidos pela notícia de suspensão das aulas. Cerca de 30 mil crianças e adolescentes foram afetados pela greve nas quase cem escolas que existem no município. Eles estão sem aula desde o dia 26 de março.
O prefeito Fetter Júnior afirma que foi formada uma Comissão de Negociações para atender os professores, mas que a classe estaria irredutível. Segundo a prefeitura, 90% dos professores do município têm contrato de 20 horas e nenhum deles receberia menos de R$ 750, contando com os benefícios. Além de cortar o salário dos grevistas, a prefeitura recorreu à Justiça com o pedido de ilegalidade do movimento da categoria.
Pelotas
Grevistas recorrem à Justiça por pagamento de salário
Em greve há 43 dias, professores da rede municipal que participam da mobilização tiveram o salário referente ao mês de abril cortado pelo prefeito Fetter Júnior
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