Alvo de investigação do Ministério Público Estadual (MPE), o secretário executivo do consórcio que administra o Hospital Comunitário de Sarandi, Luiz Valdemar Albrecht, foi afastado do comando da instituição. A suspeita é de irregularidades na gestão do hospital. Nesta segunda-feira, ao deixar o cargo, Albrecht teria também afastado os médicos da instituição, contratados pelo consórcio.
Sem especialistas, o hospital teria permanecido fechado durante quase três horas na tarde desta segunda-feira. O atendimento foi restabelecido após uma liminar judicial pedida pela prefeitura e concedida pela justiça. O município cedeu três médicos clínicos gerais para normalizar o atendimento.
Na tarde desta terça-feira, às 17h, os prefeitos de sete municípios da região, que integram o consórcio responsável pela manutenção da instituição - Sarandi funciona como município polo e a população das demais cidades é atendida no hospital -, devem se reunir.
- Nosso objetivo é manter o consórcio no comando do hospital, escolhendo um novo administrador - afirma o prefeito de Sarandi, Leonir Cardozo.
Além de Sarandi, o hospital atende pacientes dos municípios de Nova Boa Vista, Barra Funda, São José das Missões, Novo Xingu, Sagrada Família e Liberato Salzano.
Administrador contesta informações
Albrecht contesta a denúncia do MPE. Segundo o advogado, o que existe é uma espécie de retaliação devido a outros processos em que ele e o promotor teriam divergido.
- As finanças do hospital sempre foram tratadas com transparência, com contas auditadas e aprovadas em assembléia geral - explica.
Ele também desmente a informação de que teria desligado os médicos após sua saída.
- Quando recebi a informação de meu desligamento, não dei mais ordem nenhuma. O que sei é que um dos médicos plantonistas faltou ao serviço. Mas o atendimento está ocorrendo normalmente e com os médicos que já atendiam lá. A prefeitura não cedeu profissionais - afirma.