Desde que conquistou o Prêmio Victor Civita Educador Nota 10, uma das maiores distinções concedidas a quem comanda o quadro-negro no país, a gaúcha Áudrea da Costa Martins, 36 anos, é a prova viva de que valorizar o mestre - o bom mestre - é vital para superar os desafios da educação.
Formada em música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Áudrea estreou como docente em 2006, na Escola Municipal São João Batista, em São Leopoldo. Na época, não sabia ao certo por onde começar. Mas já carregava uma certeza:
- Eu era a primeira professora de música do colégio, que nem instrumentos tinha. E queria fazer a diferença.
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Para tanto, a porto-alegrense apostou no inesperado. Em suas aulas, estimulou a gurizada a compor suas próprias melodias e canções. No início, chegou a levar os instrumentos de casa. Depois, a escola conseguiu arrecadar dinheiro para resolver o problema.
A adesão foi imediata, e Áudrea, em pouco tempo, tornou-se a professora mais popular do colégio. Certo dia, pediu às crianças que escrevessem versos de terror para serem musicados. Foi uma festa. Em outra ocasião, resolveu brincar com música eletrônica. Resultado: ganhou de vez o coração dos pupilos.
Sem ninguém saber, em 2009, ela criou coragem e se inscreveu no prêmio da Fundação Victor Civita. Para deleite de todos, superou os concorrentes. Com tudo pago e o peito estufado de orgulho, foi receber o troféu em São Paulo. Pela TV, seus colegas viram tudo.
- Foi uma choradeira. Nunca nos sentimos tão valorizados. A Áudrea merecia isso, porque o trabalho dela contribuiu para melhorar o rendimento dos alunos - conta a diretora, Márcia Henning.
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