Encravada em um beco no bairro Jardim Floresta, na periferia da Capital, uma escola estadual divide espaço com casebres e o narcotráfico. Não tem placas nem portaria. É rodeada por um muro aos pedaços e protegida por um portão com corrente e cadeado. Pode parecer estranho, mas ali está a instituição de ensino eleita pelo governo gaúcho como modelo a ser seguido.
Mas o que há de tão especial na Escola Estadual de Ensino Fundamental Aurélio Reis? Definitivamente, não é o pórtico. É preciso avançar e olhar mais de perto. Quando pisei pela primeira vez na viela, às 12h47min de segunda-feira, também desconfiei. Foi um grupo de crianças sentadas ao meio-fio que me serviu de bússola.
- É aqui a escola Aurélio Reis? - perguntei.
- Sim, tia. Daqui a pouco abre - respondeu uma sorridente menina desdentada, enquanto os colegas brincavam de rodar peão.
- E esse muro estragado? - continuei.
- Foi uma árvore que caiu em cima.
Às 13h, uma senhora destrancou o cadeado e os alunos entraram correndo e gritando. Aos poucos compreendi por que, nos últimos três anos, a escola reduziu a zero a taxa de abandono e aumentou os índices de aprovação. Foi isso que levou o governador Tarso Genro, em março, a atravessar o mesmo portão e conversar com docentes e estudantes. Ao final, surpreso, o chefe do Executivo declarou:
- Se fôssemos estabelecer um padrão de um a 10, essa escola mereceria oito ou nove e até um 10 em alguns aspectos. Ela deve ser a referência para a qual queremos remeter todas as escolas do Rio Grande do Sul.
>>>Leia a reportagem completa na edição de Zero Hora deste sábado
Notícia
Escola na periferia da Capital é considerada referência de ensino pelo governo gaúcho
Localizada no bairro Jardim Floresta, instituição divide espaço com casebres e narcotráfico
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: