A pernambucana Carol Santiago fez história em Paris nesta segunda-feira (2). A atleta do Grêmio Náutico União ficou em primeiro nos 50m livre S13 (deficiência visual) e conquistou sua quinta medalha de ouro em Jogos Paralímpicos. Com isso, ultrapassou a velocista Ádria dos Santos, três vezes campeã dos 100m rasos (1992-2000-2004) e vencedora dos 200m rasos em 2000.
— Significa muito para mim chegar nesse nível. É grandiosa. E o que fica é a nossa força, a dedicação, que serve de exemplo para novos atletas, para as crianças, para poderem ver, sonhar e realizar — afirmou a nadadora, após vencer a prova.
Ela terminou a prova com 26s75, quase um segundo a menos do que a segunda colocada, a estadunidense Gia Pergolini, que fez 27s51. O bronze ficou com a italiana Carlotta Gilli, que completou a prova em 27s60.
— Essa é a minha prova favorita. Eu estava bem preparada. Ainda bem, porque fiquei bem nervosa (risos). Eu só queria fazer a minha melhor atuação. Acho que nadei bem, e estou muito feliz, satisfeita. Queria agradecer toda minha comissão técnica que está comigo — ressaltou Carol.
Esta foi a sétima medalha de Carol Santiago em Jogos Paralímpicos. Ela havia levado o ouro nos 100m costas, em Paris. Além de três ouros, um bronze e uma prata em Tóquio 2020. Ela venceu os 50m livre (26s82), 100m livre (59s01) e os 100m peito (1min14s89), foi prata no revezamento 4x100m livre misto 49 pontos (3min54s95) e bronze nos 100m costas (1min09s18).
Carol nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Ela praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.
Em Paris, ela ainda vai competir em mais três provas individuais: 200m medley S13 no dia 3, 100m livre S12 no dia 4 e 100m peito SB12 no dia 5. Além disso, ela tenta a medalha por equipe no revezamento 4x10m livre misto — 49 pontos, no dia 4.