Principal nome da ginástica rítmica individual do Brasil, Bárbara Domingos conquistou um importante e inédito feito nesta quinta-feira (8), ao se classificar na oitava posição para a final. Com o bom desempenho nas eliminatórias, a atleta se tornou dona do melhor resultado individual do país pela modalidade em Jogos Olímpicos, superando a marca de Natália Gaudio (23º) nas Olimpíadas do Rio, em 2016.
Nascida em 2 de março de 2000, em Curitiba, no Paraná, a jovem de 24 anos está em sua primeira participação em Jogos Olímpicos, mas já coleciona pioneirismos ao longo de sua trajetória no esporte. De acordo com o Olympics.com, Bárbara se apaixonou pela ginástica artística ainda na infância, ao ver a ginasta Daiane dos Santos pela televisão.
Assim, começou a treinar aos cinco anos. Os primeiros passos no esporte foram, inclusive, ao lado de Daiane no centro da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que ficava em Curitiba na época. Mas Bárbara acabou se encantando por um treino da seleção de rítmica e migrando de modalidade.
No decorrer da carreira, se estabeleceu como uma das principais ginastas brasileiras. Em 2019, despontou no cenário internacional, ao participar dos Jogos Pan-Americanos pela primeira vez e conquistar uma medalha de prata na fita, que é seu aparelho preferido. Meses depois, terminou em 31º lugar no Mundial em Baku, obtendo o melhor desempenho do Brasil na competição até então.
No período da pandemia, tratou uma lesão no quadril com fisioterapia e voltou às competições em busca de uma vaga para as Olimpíadas de Tóquio, mas não conseguiu a classificação. Apesar da frustração, Bárbara se tornou a primeira brasileira a avançar para a final do individual geral em campeonatos mundiais — ficou em 13º lugar, superando sua marca anterior.
No final de 2021, precisou de uma cirurgia no quadril para resolver a mesma lesão e acabou ficando oito meses longe dos tablados. Em 2023, contudo, a curitibana viveu o melhor ano da carreira até então: garantiu a primeira final e a primeira medalha do Brasil e da América Latina em Copas do Mundo de ginástica rítmica, conquistando o bronze na Bulgária, e dias depois, ganhou o ouro no Grand Prix de Thiais, na França.
Em agosto, terminou na 14ª posição na classificatória do individual geral no Mundial de Valência, garantindo uma vaga nas Olimpíadas de Paris. Já nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em 2023, ganhou cinco medalhas em cinco provas — três ouros e duas pratas —, se despedindo do Chile como a atleta feminina brasileira mais vitoriosa.
Barbara garantiu uma vaga na final da ginástica rítmica individual com a nota de 129.750. A disputa pelo pódio ocorre nesta sexta-feira (9), às 9h30min (horário de Brasília), na Arena La Chapelle.
