Em sua estreia em Jogos Olímpicos, o skatista Augusto Akio conquistou a medalha de bronze para o Brasil no skate park nesta quarta-feira (7). Natural de Curitiba, o jovem de 23 anos obteve a nota 91.85 na terceira e última volta, garantindo um lugar no pódio. E, além das manobras, levou um segundo talento para as pistas de Paris: o malabarismo.
Japinha, como é conhecido devido à descendência oriental, começou a andar de skate ainda na infância, aos sete anos, na capital paranaense. O pai do atleta, Altamiro Alves dos Santos, foi o responsável por levá-lo nas primeiras competições e viagens. Ele percebeu o quanto o esporte ajudava o garoto, então introvertido e com dificuldade de fazer amigos, a socializar.
Após quatro anos no cenário, Japinha já estava ganhando destaque na cena nacional. Contudo, nessa época, ele praticava o skate vertical e foi bronze no Mundial de Skate Vert, em 2019.
Para chegar até Paris, ele veio de um ciclo de bons resultados, como o segundo lugar nas etapas de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos, e Buenos Aires, na Argentina. No Pan de Santiago em 2023, Japinha foi prata e se tornou um dos principais nomes da modalidade para o Brasil.
Além das manobras na pista, Akio também se destaca pelo malabarismo. Entre uma volta boa e outra, ele pega os instrumentos e mostra sua habilidade para o delírio da torcida.
Apegado ao lado mais cru do skate, o curitibano teme que o crescimento da modalidade pós-Olimpíada transforme a prática em algo apenas voltado para a competição e resultados, ainda mais com atual absorção da modalidade pela World Skate, federação antes apenas dedicada a esportes sobre patins. Há divergências entre os skatistas e a instituição.