O Comitê Olímpico do Brasil (COB) fez, neste domingo (11), um balanço dos Jogos de Paris citando o desempenho das mulheres, que estiveram em maior número na delegação brasileira pela primeira vez em 104 anos de participação do país em Jogos Olímpicos.
A maioria na delegação se refletiu também no número de pódio. Das 20 medalhas conquistadas pelo Brasil, 12 foram exclusivamente femininas e uma foi com equipe mista de judô. Os três ouros foram de mulheres: Beatriz Souza (judô), Rebeca Andrade (ginástica artística) e Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia).
— Há dois ciclos olímpicos, após ser identificada uma oportunidade de crescimento do esporte feminino, o COB começou a investir especificamente nas mulheres. O que vimos aqui em Paris no esporte também reflete o que está acontecendo na sociedade: a mulher cada vez mais se fortalecendo — afirmou Mariana Mello, subchefe da Missão Paris 2024 e gerente de planejamento e desempenho esportivo do COB.
Com três ouros, sete pratas e 10 bronzes em Paris, o Brasil não cumpriu a meta de superar o desempenho nos Jogos de Tóquio, em 2021, no qual conquistou sete ouros, seis pratas e oito bronzes e terminou na 12ª colocação no quadro de medalhas.
— Detalhes fazem muita diferença entre uma medalha de ouro, de prata, de bronze, um quarto ou um quinto lugar. Se algumas ondas, alguns ventos e algumas situações não tivessem acontecido, a gente teria ainda mais motivos para comemorar — disse Ney Wilson, diretor de alto rendimento do COB.
Na quantidade de ouros, os resultados dos Jogos do Rio 2016 também foram melhores, já que a delegação brasileira subiu sete vezes ao degrau mais alto do pódio em casa, além de ganhar seis ouros e seis pratas.
— Queremos sempre ultrapassar barreiras, vencer sempre. Conseguimos quebrar recordes, principalmente no esporte feminino. Isso nos deixa bastante satisfeitos — disse Rogério Sampaio, chefe da Missão Paris 2024 e diretor-geral do COB.
A ginasta Rebeca Andrade se tornou a maior medalhista olímpica da história do Brasil, com seis pódios no total, superando Torben Grael e Robert Scheidt, da vela. Em Paris 2024, Rebeca ganhou ouro no solo, prata no individual geral e no salto e bronze por equipes. Além disso, virou ícone mundial ao ser reverenciada pela estrela Simone Biles no pódio do solo.