Os Jogos Olímpicos de Paris foram duplamente especiais para o técnico Arthur Elias. Ex-Corinthians, o profissional comandou a Seleção Brasileira em um grande campeonato pela primeira vez. E, logo em sua estreia, já conquistou uma medalha: a terceira prata olímpica do futebol feminino brasileiro.
O lugar no pódio foi confirmado na última terça-feira, quando a Seleção eliminou a atual campeã mundial Espanha nas semifinais. Na decisão, no entanto, o Brasil não conseguiu desbancar o favoritismo dos Estados Unidos, que venceram por 1 a 0 e ficaram com o ouro.
— A gente competiu. Acho que não faltou nada de entrega, de entendimento, de compromisso do grupo da Seleção Brasileira com esse trabalho. É uma nova Seleção, 14 jogadoras que nunca haviam participado de Olimpíadas. É um grupo muito forte, e foi perdendo as mais experientes por lesões. Tivemos muitas dificuldades, muitos problemas na caminhada, mas soubemos olhar as soluções e todo mundo voltou a ter orgulho da nossa Seleção Feminina — afirmou o treinador.
A competição em Paris também marcou o encerramento de ciclo de Marta com a camisa da Seleção Brasileira. No início do ano, a camisa 10 afirmou que 2024 marcaria sua despedida. Arthur Elias também falou sobre a importância da Rainha para a caminhada olímpica.
— A Marta é uma das maiores esportistas de todos os tempos, a maior jogadora de todos os tempos, pra mim foi incrível trabalhar com alguém que foi melhor do mundo seis vezes, que é reconhecidamente a melhor jogadora de todos os tempos. Então, é um baita orgulho. Ela ajudou demais esse grupo, vocês não têm ideia de quanto ela se entregou, ajudou as meninas mais jovens, as que já estavam com ela. O quanto teve confiança dela em mim, e de mim nela — finalizou.
Marta é a única atleta que esteve presente em todas as medalhas do futebol feminino brasileiro. Em 2004, 2008 e 2024, a camisa 10 estava em campo defendendo as cores da Seleção.