Em um evento repleto de modalidades esportivas como os Jogos Olímpicos, a ginástica artística consegue se destacar pela competitividade e diversidade de provas. Homens e mulheres se apresentam em aparelhos diferentes, precisando unir força, flexibilidade e talento artístico para conseguir vencer a medalha de ouro.
Nas Olimpíadas de Paris 2024, a promessa é de uma disputa acirrada entre a brasileira Rebeca Andrade e a norte-americana Simone Biles.
A modalidade está nos Jogos Olímpicos desde Atenas 1986. Por 32 anos, a ginástica artística era praticada apenas por homens. Foi em Amsterdã 1928 que as mulheres também puderam competir. A evolução do esporte ao longo dos anos foi visível e a cada ciclo que passa se espera novos movimentos.
Em Paris, os homens vão disputar provas em seis aparelhos, enquanto as mulheres em quatro. Além disso, as melhores equipes e ginastas no geral serão premiados. Confira os aparelhos de cada um:
Masculino
- Argolas
- Barra fixa
- Barras paralelas
- Cavalo com alças
- Salto
- Solo
Feminino
- Barras assimétricas
- Salto
- Solo
- Trave
A disputa das Olimpíadas começa com o classificatório em cada um dos aparelhos. Depois disso, ocorrem as finais entre equipes, no individual geral e instrumentos de cada gênero. Para definir os vencedores, os jurados, geralmente nove, dão notas com base na dificuldade e execução de cada exercício.
A ginástica artística do Brasil em Paris
Ao todo, serão sete ginastas brasileiros nos Jogos de Paris. São dois homens: Arthur Nory e Diogo Soares; e cinco mulheres, que vão estar na disputa por equipes: Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Júlia Soares e Rebeca Andrade. Esta última é a principal referência na modalidade para o Brasil e uma das melhores do mundo. Contra Simone, a brasileira promete ter uma disputa intensa por medalhas de ouro.
Andrade x Biles
No Rio, em 2016, Simone Biles mostrou todo seu talento e levou quatro medalhas de ouro, além de um bronze. Biles venceu o individual geral, a prova por equipes, o salto sobre o cavalo e o solo, além do bronze na trave. Em Tóquio, ela chegou com expectativas mais altas ainda.
Contudo, por conta de problemas psicológicos, Biles desistiu de diversas provas para preservar sua saúde mental. Ela competiu apenas com a equipe dos EUA e na prova de trave, em que venceu a prata e o bronze, respectivamente. A ausência dela abriu caminho para um novo fenômeno da ginástica.
A brasileira Rebeca Andrade chegou com expectativas altas e conseguiu a medalha de ouro no salto, que era uma das provas mais fortes de Biles, além da prata no individual geral. Em Paris, entretanto, a tendência é que as duas briguem ponto a ponto pelo lugar mais alto do pódio nessas duas provas.
No salto, tanto a brasileira, quanto a estadunidense devem apresentar novos movimentos para buscar a medalha dourada. Em caso de acerto nesses saltos, eles serão batizados com os sobrenomes das ginastas. Apesar de ser uma honraria, o nome das duas já estão marcados na história dos Jogos Olímpicos.