Campeã olímpica em Tóquio em 2021, a queniana Peres Jepchirchir venceu a disputa feminina da Maratona de Londres neste domingo (21) com direito a um feito histórico. Ela completou o percurso de 42,195 quilômetros em 2h16min16s, quebrando o recorde mundial em provas corridas só por mulheres, que era da compatriota Mary Keitany, com 2h17min01s, estabelecido em Londres em 2017.
O segundo lugar ficou com a etíope Tigst Assefa, que é a mulher mais rápida da história das maratonas (incluindo as disputadas ao lado dos homens), após a vitória em Berlim em setembro passado, quando fez 2h11min53s. Neste domingo, ela ficou sete segundos atrás. A vencedora de 2021, a queniana Joyciline Jepkosgei, ficou em terceiro.
As três primeiras colocadas mais a etíope Megertu Alemu, que havia terminado em terceiro em 2022 e em segundo lugar em 2023, chegaram juntas até o último quilômetro da prova.
Com uma arrancada impressionante, Jepchirchir deixou as rivais para trás e assegurou a vitória e o recorde. Entre as conquistas dela estão, além do ouro olímpico, as vitórias em Nova York em 2021 e em Boston em 2022.
— Estou me sentindo muito feliz. Não esperava por isso. Sabia que íamos quebrar o recorde, mas não esperava que fosse eu. Quando estava nos 40 quilômetros, eu pensei: "Vamos relaxar". E então nos 41 eu aceleraria ou esperaria até os 600 metros finais — comentou a campeã.
A maratonista de 30 anos ainda pode festejar a vaga olímpica com a vitória em Londres.
— Significa muito para mim porque no ano passado esperava vencer (ficou em terceiro). Infelizmente não ganhei, mas também fiquei feliz. Neste ano, estou tão feliz. Este é o último evento para o Quênia selecionar a equipe. Quando cruzei a linha, sabia que defenderia meu título em Paris — projetou Jepchirchir.
Título masculino
Entre os homens, o campeão foi o queniano Alexander Munyao, que fez a prova em 2h04min01s. O segundo colocado foi o veterano etíope Kenenisa Bekele, 41 anos, dono de três ouros olímpicos em provas de pista, que chegou 14 segundos depois. A terceira posição ficou com o britânico Emile Cairess, que marcou 2h06min46s.
O suíço Marcel Hug precisou de 1h28min33s para ganhar a prova masculina dos cadeirantes. Entre as mulheres, a campeã foi a compatriota Catherine Debrunner, que completou em 1h35min11s. A brasileira Vanessa de Souza terminou com 1h50min43s e foi a oitava colocada.