O comitê organizador dos Jogos de Paris 2024, presidido pelo ex-canoísta francês Tony Estanguet, revelou, nesta terça-feira, o design da tocha olímpica.
Projetada pelo designer Mathieu Lehanneur, em parceria com a empresa ArcelorMittal, a peça de cor champanhe, 70 centímetros e 1,5 kg tem sua chama alimentada por biopropano. Foram produzidas 2 mil unidades para o tradicional revezamento.
Para desenhar a tocha, Lehanneur inspirou-se em três símbolos da próxima Olimpíada: igualdade, água e conciliação.
— A igualdade é simbolizada pela simetria perfeita. A água é simbolizada pela onda e pelos efeitos de vibração. A conciliação é simbolizada pela gentileza das curvas — completou.
O design será utilizado tanto na jornada do revezamento da chama olímpica quanto da paralímpica.
— Seguindo nossa lógica de construir pontes entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, este último já compartilha o mesmo emblema e mascote do primeiro. Em Paris 2024 também teremos um design de tocha único — explicou Estanguet.
Conforme a tradição, a chama será exibida inicialmente em uma cerimônia em Olímpia, na Grécia. Então, viajará de barco à cidade francesa de Marselha, com desembarque previsto para o dia 8 de maio de 2024, data a partir da qual passará por diversas localidades e mãos, durante 68 dias, até acender a pira olímpica na cerimônia de abertura em Paris. Depois, a chama acenderá a pira dos Jogos Paralímpicos, dia 28 de agosto.
— A tocha é o objeto mais complexo, tecnicamente e tecnologicamente, do que eu imaginava a princípio. Tentamos manter sua dimensão icônica, que é muito simbólica e quase mágica. Como poderíamos transmitir tanta energia, tanta densidade e tantas mensagens para algo que não é vivo? A ideia era que este objetivo, seja sendo carregado pelos participantes do revezamento da tocha ou em um museu, incorporasse e fosse o símbolo absoluto de Paris 2024 e do que acontece nestes Jogos Olímpicos e Paralímpicos — disse Lehanneur.