O atleta mais velho do Time Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, Marcelo Tosi, de 51 anos, explicou que saiu da disputa por equipes do Concurso Completo de Equitação (CCE) porque seu cavalo, Genfly, perdeu uma das ferraduras.
A modalidade é uma espécie de triatlo do hipismo, onde vence quem obtiver mais pontos após as provas de cross country, adestramento e saltos. No último domingo (1), os cavaleiros realizaram as disputas do cross country, e foi neste momento que, segundo Marcelo, seu cavalo perdeu a ferradura.
O atleta não participou das provas de salto nesta segunda-feira. Representando o Brasil, apenas Carlos Parro e Márcio Appel participaram.
Em suas redes sociais, Marcelo explicou que, por ter completado parte do cross country sem uma das ferraduras, seu cavalo "ficou muito dolorido". O cavaleiro pediu desculpas por desfalcar a equipe.
Desclassificação brasileira
O hipismo do Brasil perdeu posições e caiu na classificação geral do Concurso Completo de Equitação (CCE) no último domingo, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na disputa do cross country, os cavaleiros brasileiros e suas montarias levaram o time brasileiro do 11º para o 12º posto, com 335,20 pontos sofridos em penalidades.
No sábado, a equipe nacional havia encerrado a disputa do adestramento no 11º lugar. Ainda falta a prova de saltos para fechar o CCE, considerado o triatlo do hipismo por reunir diferentes disputas e habilidades dos cavalos e dos atletas. A liderança está com a Grã-Bretanha, com 78,30. Vence quem levar menos pontos por punições.
No domingo, dos três cavaleiros brasileiros na disputa, apenas dois competiram. Rafael Losano, o mais novo da equipe, com 23 anos, deixou a competição porque seu cavalo, Fuiloda G se machucou. Marcelo Tosi, montando Glenfly, excedeu o tempo permitido em seu trajeto e sofreu punição de 8,80, totalizando 40,30 pontos. Ocupa o 24º posto geral.
Carlos Parro, por sua vez, levou maior penalidade, com o cavalo Goliath: 22,80. Somou, então, 58,90 pontos, na 33ª colocação. Na disputa do cross-country, cavalos e atletas precisam superar obstáculos inspirados no campo, com saltos, poças d'água em um tempo limite. Portanto, precisam impor boa velocidade constante ao longo da trajetória.
O CCE será definido nesta segunda-feira, com as provas de saltos individual e por equipes. Nas duas modalidades, os atletas brasileiros entraram fora da lista dos favoritos. E agora tem chances remotas de brigar por medalha.