Principais nomes do skate feminino brasileiro na categoria park, Isadora Pacheco, Yndiara Asp e Dora Varella não foram páreo para as concorrentes, em especial as japonesas Sakyura Yosozumi e Kokona Hiraki, que ganharam, respectivamente, ouro e prata. Aliás, o alto nível nipônico na modalidade espantou as representantes do Brasil.
— Até pouco tempo, quase não havia japonesas disputando os campeonatos com a gente. Elas começaram a aparecer depois que o Japão decidiu sediar as Olimpíadas. Isso fez a gente ter um campeonato melhor, pois o nível está muito alto. Teremos de treinar para poder fazer as manobras que elas fazem — reconheceu a catarinense Yndiara Asp, 23 anos, que ficou em oitavo lugar na final.
Apesar de ficarem longe do pódio, as brasileiras saíram satisfeitas com a participação em Tóquio.
— Estou muito feliz de estar aqui, representando o skate brasileiro. Desde o início, eu sabia que se eu não me divertisse não iria ter valer a pena. E eu me diverti. Vimos que o nível está muito alto, e agora vamos treinar muito para conseguir superar as manobras que as finalistas fizeram. Queremos elevar mais ainda o nível do skate. Bora para a próxima — afirmou a também catarinense Isadora Pacheco, 16 anos, que não se classificou para as finais.
Já a paulista Dora Varella, 19 anos, que ficou em sétimo lugar na decisão, também avaliou de forma positiva a participação brasileira e celebrou o legado que as Olimpíadas darão para a modalidade.
— Foi uma sensação muito louca. Foi o melhor dia da minha vida. E a Olimpíada certamente vai elevar o nível do skate, porque muita gente vai querer participar desse evento incrível. Com certeza vamos ter mais praticantes, e o skate só tem a ganhar com isso — completou.
Nesta quarta (4), a partir das 21h (horário de Brasília), será a vez de os skatistas brasileiros Luiz Francisco, Pedro Quintas e Pedro Barros brigarem por medalha na categoria park masculino, em que o Brasil tem boas chances de chegar ao pódio. Mesmo fora dos Jogos, as meninas garantem que estarão na torcida.
— É o dia de ficar sem voz — declarou Yndiara.