Com a vitória sobre o México na última terça-feira (3), o Brasil entrou para a história das Olimpíadas. A classificação para a final do torneio de futebol masculino fez com que o país se tornasse o terceiro a se classificar três vezes consecutivas para a decisão do ouro.
A seleção brasileira tem o retrospecto, nos últimos dois Jogos, de um ouro e uma prata. Em 2012, comandado por Mano Menezes e com Neymar, Ganso e Damião, o time foi derrotado pelos mexicanos na final, com dois gols de Uribe Peralta, tendo de se contentar com a prata.
O sonho do ouro olímpico foi realizado dentro da própria casa. No Maracanã, a equipe de Neymar, Luan, Gabigol e Gabriel Jesus venceu a Alemanha nos pênaltis e quebrou o tabu de nunca ter vencido as Olimpíadas. O Brasil já poderia ter conseguido chegar a três finais consecutivas ainda na década de 1990. Esteve nas decisões em 1984, 1988, mas, em 1992, não se classificou para ir a Barcelona.
Com a marca alcançada na última terça, os brasileiros repetiram um feito de outras duas seleções. A Iugoslávia, que chegou a quatro finais seguidas (1948, 1952, 1956 e 1960) e venceu apenas uma — a última; e a Hungria, que chegou três vezes (1964, 1968 e 1972), com dois ouros.
O detalhe é que, naquela época, os atletas do leste e sudeste da Europa, de países socialistas, eram considerados amadores — mesmo os que já atuavam em nível profissional. Com a proibição de que jogadores profissionais participassem das Olimpíadas à época, Hungria e Iugoslávia tinha uma certa vantagem frente a outras nações.