A Olimpíada poderá ser cancelada se a disseminação da covid-19 continuar em 2021. De acordo com Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador Local dos Jogos de Tóquio 2020, não há possibilidade de uma nova remarcação: a próxima decisão será pelo cancelamento, se necessário. As competições, que estavam previstas para iniciar ainda neste ano, foram remarcadas para se iniciar no dia 23 de julho de 2021. As informações são da CNN.
— No passado, Olimpíadas foram canceladas por problemas como guerras. Nós estamos lutando contra um inimigo invisível agora — afirmou Mori.
O presidente do comitê afirmou que os organizadores estão focando para o planejamento dos jogos no ano que vem.
— A Olimpíada seria muito mais valiosa do que qualquer outra no passado se conseguirmos prosseguir com ela após vencer esta batalha. Temos que acreditar nisso, caso contrário, nosso trabalho e esforços não serão recompensados.
É preciso encontrar a vacina
O médico japonês Yoshitake Yokokura afirmou que será difícil realizar a Olimpíada sem antes encontrar uma vacina eficaz contra a doença.
— Não estou dizendo que o Japão deve ou não fazer o evento, mas acredito que será difícil realizar sem encontrar a vacina. Quero acreditar que (o número de) pessoas infectadas (em Tóquio) está diminuindo. Mas como não há testes suficientes sendo realizados no Japão, é difícil avaliar (se o número de casos diminuiu). Precisamos monitorar a situação por mais uma semana — afirmou Yokokura, que também é presidente da Associação Médica Japonesa.
Há 13.614 casos confirmados de coronavírus no Japão e pelo menos 385 mortes, de acordo com a última contagem da Universidade Johns Hopkins. O escritório de relações públicas de Tóquio 2020 disse que "as novas datas para os Jogos de Tóquio 2020 já estão marcadas para 2021", afirmando que a missão do comitê organizador é se preparar para a etapa dos Jogos no próximo ano.
"Criamos uma estrutura para as medidas contra o coronavírus, onde o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Tóquio 2020 trocam informações e realizam uma coordenação estreita, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Continuaremos mantendo essa coordenação estreita com todas as partes envolvidas e discutindo outras etapas, conforme necessário".
Em comunicado divulgado na semana passada, o COI disse que o Japão não administraria um segundo adiamento, mas acrescentou que estava "muito confiante de que todas as partes complexas se unirão e nos proporcionarão jogos maravilhosos".