O diretor-executivo do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Toshiro Muto, afirmou na sexta-feira (10) que não é possível garantir a realização do evento, mesmo com o adiamento para 2021, em razão da falta de respostas sobre o controle da pandemia de coronavírus em todo o mundo.
A Olimpíada foi remarcada para ocorrer entre 23 de julho e 8 de agosto do ano que vem, enquanto a Paralimpíada foi reagendada para o período entre 24 de agosto e 5 de setembro. Como ainda não há previsão de vacina para combater o coronavírus, as autoridades estão preocupadas com os riscos de uma concentração de pessoas de diversas partes do planeta.
— Não acredito que qualquer um possa dizer se vai ser possível controlar a situação até julho (de 2021) ou não. Certamente, não estamos em uma posição de dar uma resposta clara. Decidimos adiar os Jogos em um ano, então isso significa que tudo que podemos fazer é trabalhar duro para nos preparar para os Jogos. Esperamos sinceramente que no próximo ano a humanidade consiga superar essa crise do coronavírus — disse Muto.
O Japão já registrou mais de 5,5 mil casos da doença e 99 mortes. Nesta semana, o primeiro-ministro Shinzo Abe declarou estado de emergência em Tóquio e em outras seis regiões. Apesar disso, o COI mantém seu grupo de trabalho focado nas datas previstas.
— Em vez de pensar em planos alternativos, devemos colocar todo nosso esforço nos Jogos para 2021. A humanidade deve reunir toda a sua tecnologia e sabedoria para trabalhar duro para desenvolver tratamentos, medicamentos e vacinas — afirmou o dirigente.
O estado de emergência também afetou a exibição da chama olímpica, que estava em Fukushima. Antes, o revezamento da tocha já havia sido cancelado.
— Obviamente, no futuro, existe a possibilidade de a chama ser exibida em algum lugar. No entanto, por enquanto, está sob a administração de Tóquio 2020 e não farei mais comentários sobre o assunto — declarou Muto.