Nesta semana, dois jogadores da dupla Gre-Nal foram convocados para a seleção brasileira olímpica. O colorado Iago e o gremista Matheus Henrique disputarão o Torneio de Toulon com a equipe de base, treinada por André Jardine.
Historicamente, os rivais gaúchos costumam ceder atletas para o time brasileiro em disputas de Olimpíadas.
Em 1976, na primeira boa campanha do país no futebol, o volante Batista, então no Inter, era um dos destaques do time que foi a Montreal e perdeu para a União Soviética na disputa pelo bronze.
Oito anos depois, o Inter representou o Brasil na disputa em Los Angeles, cedendo 11 dos 18 jogadores do elenco. Nomes como Gilmar Rinaldi e Dunga, campeões mundiais em 1994, atuaram na equipe que ficou com a medalha de prata.
Relembre outros jogadores de Inter e Grêmio que vestiram a amarelinha em Olimpíadas:
1988 — Taffarel (Inter)
Antes de ser um dos heróis do tetra em 1994, o goleiro, então no Inter, conquistou a prata no torneio olímpico de Seul, na Coréia do Sul. Após deixar o Beira-Rio, foi para o Parma, passando também por Reggiana, Atlético-MG e Galatasaray, onde é treinador de goleiros atualmente. Também exerce a mesma função na Seleção Brasileira comandada por Tite.
1996 — Danrlei (Grêmio)
Aos 23 anos e com título de Copa do Brasil e Libertadores no currículo, o arqueiro gremista foi chamado por Zagallo para a Olimpíada de Atlanta. Como reserva de Dida, viu a seleção cair para a Nigéria nas semifinais, ficando com a medalha de bronze. Permanecendo no Grêmio até 2003, rodou por times do Brasil e passou por Portugal até se aposentar em 2009, no Brasil de Pelotas.
2000 — Lúcio (Inter)
O zagueiro, então com 22 anos, estava em fase final de sua passagem pelo Inter. No ano seguinte ao dos Jogos Olímpicos de Sydney, partiu para a Alemanha, onde atuou por Bayer Leverkusen e Bayern de Munique. Pentacampeão mundial em 2002, Lúcio também conquistou a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes pela Inter de Milão em 2010. Aos 41 anos, ainda está na ativa, no Brasiliense.
2000 — Ronaldinho (Grêmio)
Com 20 anos, a joia gremista já desfilava seu talento no Tricolor e na Seleção principal — a Copa América de 1999 é um exemplo. Em 2001, a saída polêmica para o PSG. Na sequência, foi penta com o Brasil e foi para o Barcelona, onde alcançou o ápice na carreira, sendo eleito duas vezes o melhor jogador do mundo. Após passagens por Milan, Flamengo, Atlético-MG e Querétaro, do México, teve sua última aparição no Fluminense, em 2015.
2008 — Renan (Inter)
Cria colorada e presente no elenco campeão mundial em 2006, o goleiro foi titular na campanha do bronze em Pequim. Logo após a competição, deixou o Inter rumo ao Valencia. Retornou ao Beira-Rio em 2010 para ser bicampeão da Libertadores. Aos 34 anos, passou também por Goiás, Ceará e São Bento.
2012 — Oscar (Inter)
Revelado pelo São Paulo, o meia chegou ao Inter em negócio polêmico. Seu talento demonstrado em terras brasileiras o levou ao Chelsea após a Olimpíada, quando o time inglês acabara de ser campeão da Liga dos Campeões. Após quatro anos em Londres e com a Copa de 2014 no currículo, Oscar foi desfrutar das altas cifras do futebol chinês. O Shanghai SIPG é seu clube até hoje.
2012 — Leandro Damião (Inter)
Campeão da Libertadores em 2010 e após viver um 2011 incrível, sendo artilheiro do Brasil, o centroavante formou o ataque olímpico com Neymar. No início de 2014, já sem o mesmo brilho, foi vendido ao Santos. De lá, acumulou passagens de altos e baixos por Cruzeiro, Bétis, Flamengo e o próprio Inter, entre 2017 e 2018. Neste ano, acertou sua ida para o Kawasaki Frontale, do Japão.
2016 — Willian (Inter)
O lateral-direito, titular do Inter na época, foi reserva de Zeca, hoje jogador colorado, na campanha do inédito ouro olímpico conquistado no Rio de Janeiro. No início do ano seguinte, foi vendido ao Wolfsburg, da Alemanha, onde tem certo destaque atualmente.
2016 — Rodrigo Dourado (Inter)
A revelação colorada segue no Beira-Rio até hoje, tendo passado por diferentes momentos. Foi do inédito rebaixamento ao ressurgimento do clube. Atualmente, é uma das lideranças do elenco, além de ser o capitão do time de Odair Hellmann.
2016 — Walace (Grêmio)
Lançado no time principal por Felipão em 2014, o volante ganhou a titularidade na equipe olímpica durante a competição, após começar os primeiros jogos no banco. Antes da medalha de ouro, já havia sido chamado para a Seleção principal, na disputa da Copa América Centenário. No fim daquele ano, foi campeão da Copa do Brasil pelo Grêmio, sendo negociado em seguida com o Hamburgo. Desde 2018, está no Hannover.
2016 — Luan (Grêmio)
Assim como o companheiro de clube Walace, começou a Olimpíada na reserva, conquistando um lugar entre os titulares na sequência do torneio. Protagonista dos títulos recentes do Grêmio, foi coroado Rei da América em 2017, após a conquista da Libertadores. Atualmente, segue na Arena, convivendo com problemas físicos e com dificuldade em repetir as atuações de outrora.